Poucas lideranças políticas em Exu nos 20 anos sem Gonzagão

por Carlos Britto // 03 de agosto de 2009 às 06:25

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serra-exuFoi apenas discreta a presença das lideranças políticas da região e do Estado nas homenagens pelos 20 anos de morte do Rei do Baião Luiz Gonzaga.

Os nomes mais conhecidos, inclusive, foram os da oposição, que acompanharam o convidado mais ilustre do evento: o governador de São Paulo, José Serra (PSDB).

Estavam lá, por exemplo, o líder da oposição na Assembleia de Pernambuco, Augusto Coutinho (DEM), o deputado Raul Henry (PMDB) e senador Sérgio Guerra (PSDB). O prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB) também compareceu.  

(Crédito da foto: Paulo Teógenes)

Poucas lideranças políticas em Exu nos 20 anos sem Gonzagão

  1. epaminondas disse:

    coitado do serra com essas cias….
    se fosse em petrolina ate vaia ia receber!

  2. EXU disse:

    JÁ VI QUE A TOCA DOS COELHOS É SÓ EM PETROLINA MESMO.
    IMAGINEM QUEM REPRESENTA MAIS PARA O SERTÃO : COELHO OU LUIZ GONZAGA……

  3. Alexandre Cardoso Garcia Leite disse:

    Parabéns a todos que foram prestigiar o insubstituível filósofo nordestino. Fico triste todas as vezes que viajo de Petrolina a Juazeiro do Norte e passo em frente ao museu do Gonzagão e não posso parar para fazer uma visita, pelo motivo de o museu está, na maioria das vezes, fechado. Luiz Gonzaga, enquanto artista, encarnou a cultura do povo sertanejo e não é possível conhecer essa cultura sem passar pela obra do grande mestre. Além disso, suas músicas exprime, como nenhuma outra a alegria e ao mesmo tempo a simplicidade deste povo.

  4. Pedra Linda disse:

    Carlos Britto, quem organizou esta visita (campanha eleitoral) do Serra foi o Senador Jarbas, como ele não tem apoio nenhum no Estado de Pernambuco, é natural o acontecido.

  5. Paulo disse:

    Quanta dor de cotovêlos, esses revoltados despresados estão com mêdo da outra surra que vão levar, Serra vai dar um show de votos assim como Júlio fez em Petrolina. Esses babões não querem admitir que lula abandonou o Nordeste, principalmente o Vale do São Francisco.
    Pode ser também incompetência dos deputados que nos representa.

    SERRA VEM AÍ, FIRME E FORTE!

  6. SOS Rio São Francisco disse:

    Luiz gonzaga já tem o povão e os artísta como seus fãs. Sua obra será eterna.

  7. Pedra Linda disse:

    Paulo, você não entende nada de política, dizer que a vitória de Júlio Lóssio foi um show de votos, será que a briga de FBC e Gonzaga não influiu no resultado?. Quanto ao Nordeste, no Governo Lula o PIB da região cresceu acima dos 5%, só isso.

  8. Mag disse:

    Biógrafo de Luiz Gonzaga: ele não conheceu e nem foi amigo de Serra:

    Se preferir, leia ou ouça a entrevista aqui: http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=15445

    Um caso de oportunismo político. É assim que o escritor Assis Angelo, biógrafo de Luiz Gonzaga, define as declarações do governador José Serra, que visitou Exu, em Pernambuco, e garantiu que privou da amizade do rei do baião.

    “Certamente Luiz Gonzaga não conheceu e nem foi amigo de Serra”, disse Assis Angelo em entrevista por telefone a Paulo Henrique Amorim. Segundo ele – que é autor do “Dicionário Gonzagueano” e de “Eu vou contar pra vocês” – esse tipo de aproximação com a figura de Gonzaga é característico de períodos eleitorais. Angelo ressalta que Gonzagão teve a amizade e admiração de políticos que lhe foram contemporâneos, como Getúlio Vargas e Juan Domingo Péron.

    Conversa Afiada – Me diga uma coisa. Para facilitar a vida aqui dos nossos navegantes do Conversa Afiada, qual foi o livro que você escreveu sobre Luiz Gonzaga, o Lua?

    Assis Angelo – Na verdade não foi um livro, foram dois. Um eu publiquei em 1989, logo após ele partir para o céu. Era um livro que já estava em andamento, já que na ocasião eu estava concluindo o livro “Eu vou contar pra vocês”. Esse foi um título de um grande amigo nosso, o Fortuna, que já está no céu. Bom, o tempo passou e esse foi o terceiro livro que foi escrito sobre o Luiz Gonzaga. O primeiro foi em 1952, e logo depois, dois outros livros foram publicados, incluindo esse “Eu vou contar pra vocês”, de 1989. De lá para cá, foram publicados 23 livros sobre Luiz Gonzaga. O 24º será publicado quarta-feira que vem aqui em São Paulo pelo Roniwalter Jatobá, que é um escritor mineiro que você deve conhecer. Bom, depois desse livro eu lancei o “Dicionário Gonzagueano de A a Z”. Isso foi há dois anos.

    CAF- (Risos).

    AA – É um livro em que eu conto toda a trajetória dele, toda a discografia dele, toda a filmografia dele, enfim. Tudo o que procurar sobre Luiz Gonzaga, eu ouso dizer, não modestamente, que se encontrará, se achará no “Dicionário Gonzagueano de A a Z”.

    CAF – Agora, você sabe que, recentemente, o governador de São Paulo foi a Exu e disse que tinha ido visitar, prestar uma homenagem, ao “amigo” dele Luiz Gonzaga. Eu pergunto: o Luiz Gonzaga se considerava amigo do José Serra?

    AA – Não!!!. Evidentemente, não! Evidentemente que não! Certamente, o Luiz Gonzaga sequer conheceu o Serra. O Luiz Gonzaga conheceu o Getúlio Vargas. Ele conheceu o Perón, a mulher do Perón, para quem cantou… Enfim, os políticos de destaque da época dele. O Luiz Gonzaga partiu para o céu no dia 2 de agosto de 1989. Tá certo? Lá em Exu, uma cidadezinha pequenininha, cravada no pé de serra, lá em Pernambuco. Então, ele certamente não chegou a conhecer o Serra como político ou como cidadão. Isso não quer dizer que o Gonzaga não estivesse enfronhado com a vida política brasileira. Agora, dizer que, qualquer político, né? Dizer, “agora eu vou para Exu”, é claro que tem, certamente, uma dose de oportunismo político. Isso tem em todo canto, em todos os lugares, em qualquer hora. Especialmente nas vésperas das grandes eleições. Elas estão batendo a porta aí, Paulo.

    CAF – E quem eram os grandes amigos de Luiz Gonzaga?

    AA – Na política?

    CAF – Não, os amigos pessoais, aqueles do mundo artístico, da vida privada dele.

    AA – Todos ele, todos eles. O Luiz Gonzaga era um cidadão, eu ouso dizer, que foi um dos mais completos cidadãos que o Brasil já deu. Um homem preocupado com a sua cultura, com a cultura da região onde nasceu, o Nordeste, com a cultura brasileira. Foi ele, Luiz Gonzaga, quem levou para fora do Nordeste, por exemplo, o homem “encourado”, o vaqueiro, as modas, as cantigas de antanho do Nordeste brasileiro, foi ele, Luiz Gonzaga, o primeiro artista a trazer tudo de bonito que tinha e que tem no Nordeste brasileiro. Por exemplo, o baião não existia como tal. Foi Luiz Gonzaga quem trouxe. O forró não existia como nós temos hoje. Foi Luiz Gonzaga quem trouxe, em 1949. A toada sertaneja não existia como nós conhecemos hoje. Foi Luiz Gonzaga quem trouxe, com “Asa Branca”, que ele gravou em 1947. Aí tem o xote, tem o xaxado, que era uma dança de cangaceiros. Foi ele quem colocou na discografia brasileira. Luiz Gonzaga enriqueceu como nenhum outro artista enriqueceu a nossa música popular. Nem a bossa nova, nem o próprio samba, como hoje conhecemos, porque o samba não teve um autor e o baião teve…

    CAF – Você toma cuidado porque está falando com um carioca, viu?

    AA – (Risos).

    CAF – Você veja lá o que vai dizer a respeito do samba.

    AA – O Luiz Gonzaga começou a carreira…

    CAF – Ele não gravou samba, gravou?

    AA – Ele não gravou samba, mas ele compôs samba.Ele compôs vários sambas, embora não fosse a praia propriamente dele. Agora, eu posso te dizer, para muita gente que acha que Luiz Gonzaga apenas cantou forró e cantou baião, ele compôs até, como é que chama lá, a música de Portugal?

    CAF – Fado.

    AA – É, fado. Ele compôs fato, em 1951, com Humberto Teixeira.

    CAF – Ah… Humberto Teixeira foi com quem ele fez “Asa Branca”.

    AA – Exatamente, exatamente.

    CAF – E me diz uma coisa, qual foi a música dele mais gravada, mais tocada?

    AA – Com toda certeza, essa que você acabou de falar. A “Asa Branca” está paralelamente com “Carinhoso”, tá certo?

    CAF – De Pixinguinha.

    AA – A “Asa Branca” teve várias versões em outras línguas. Inclusive japonesa. E é uma coisa curiosa, porque as músicas, Paulo, essas músicas com outras versões brasileiras não vem para o Brasil. E o Luiz Gonzaga é muito conhecido lá fora. Aqui também. Mas lá fora o homem deixou registrada a sua categoria como artista, como intérprete de um povo, que é o povo brasileiro.

    CAF – Maravilha! Muito obrigado. Vamos colocar no nosso site uma gravação do Luiz Gonzaga com “Asa Branca”, o “Hino Nacional Brasileiro”.

    Em tempo: Assis Angelo prepara o lançamento, para os próximos dias, de livro que conta a história dos Demônios da Garoa.

  9. Monique disse:

    Nao tem pra outro nao.tao desesperado,essa ja e nossa o povo estar casado de fica na mesmisse,que algo novo no poder algo que transforme a historia de exu. JAISON BENTO ja ta eleito.Aguenta ai mais 4 anos sem chorar, e nem adianta contratar carros e mais carros pra fazer propagandas falças e mentirosas.ESSA JA E NOSSA KKKKkkkkkkk………..

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