Como este Blog mostrou mais cedo, mais de 400 toneladas de baronesas (plantas aquáticas se alimentam de matéria orgânica dos esgotos) foram retiradas de prainhas no município de Paulo Afonso, no norte baiano, deixando um alerta sobre a poluição do Rio São Francisco.
Paulo Afonso faz limite ao norte com o município de Glória, onde a Prefeitura decretou situação de calamidade pública, alegando o “expressivo e desenfreado aumento” dessas plantas. O decreto assinado pelo prefeito David de Souza Cavalcanti, trata a situação como “desastre biológico – tipo 2” que consta na Classificação Geral dos Desastres, Ameaças e Riscos (CODAR).
“Dessa forma, considerando que o município de Glória não possui recursos financeiros que possibilitem o combate eficaz a situação, dependendo, para tanto, da ação de órgãos federais e estaduais, solicitamos através do Deputado Federal Mário Negromonte Júnior o agendamento de audiências com o Governador e o Vice-Governador do Estado da Bahia, com a Superintendência Estadual de Proteção e Defesa Civil (Sudec-BA), com a diretoria da Agência Nacional de Águas (ANA), com a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), com o Ministério da Integração Nacional, com o Ministério de Meio Ambiente e demais órgão competentes que possam nos ajudar a encontrar soluções para a caótica problemática, visando minimizar os danos humanos, a desestabilização na prestação de serviços, como o abastecimento de água, e o dano ambiental causado em toda a extensão do Rio São Francisco”, frisa o decreto.
Produção de tilápia
A publicação ainda destaca que o aumento desenfreado das baronesas pode afetar diretamente a produção de tilápia, sendo que o município de Glória é o maior produtor do país, sendo reconhecido através de estudo realizado pela Embrapa, Uneb e Unesp. Destaca, ainda, uma mobilização da Comissão Municipal de Defesa Civil (COMDEC), autorizando o desencadeamento do Plano Emergencial de Resposta aos Desastres. O decreto deverá vigorar pelo prazo de 90 dias. O decreto completo pode ser conferido acessando aqui.
Nao precisamos ir longe para ver o desastre ambiental ocasionado pela Penitenciaria de Petrolina nas aguas do Sao Francisco, com o despejo de esgoto Cru, conforme noticia veiculada por este mesmo blog, e a proliferacao excessiva de plantas aquaticas..O Rio e a populacao pedem socorro
Esta planta que muitos chamam de praga , é um excelente despoluidor de águas sujas. Para o rio elas fazem é o bem.
O homem é um animal ingrato. Ele não cuida da limpeza do rio, a baroneza toma a iniciativa de resolver o problema e certas pessoas preferem eliminar a bemfazeja planta aquática como se ela fosse sujeira. E, com a maior cara de pau, divulga: limpamos tantos m2 de rio.
Paulo Afonso querendo imitar Petrolina na poluição do rio.