Presidente da Codevasf tenta tranquilizar produtores de perímetros irrigados da região com promessa de obras

por Carlos Britto // 12 de abril de 2015 às 12:17

elmo codevasfO presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), Elmo Vaz, procurou minimizar a aflição dos produtores do perímetro irrigado Senador Nilo Coelho, ameaçados de paralisar as atividades por conta da baixa do Lago de Sobradinho (BA).

No evento promovido pelo Senador Federal na última sexta-feira (10), no Sest/Senat de Petrolina, quando se discutiu a crise hídrica da fruticultura no Vale do São Francisco, Elmo ressaltou que a Codevasf poderá fazer as flutuantes por motobombas no rio sem a necessidade de licitação, já que se trata de uma obra emergencial.

Reivindicada pelos produtores do perímetro Senador Nilo Coelho, as flutuantes evitariam que a fruticultura irrigada deixasse de funcionar devido à seca. Segundo Elmo, a obra estaria orçada em torno de R$ 60 milhões (para todos os perímetros das duas cidades, o montante de investimentos somaria R$ 125 milhões).  O presidente da Codevasf também afirmou que não é papel do órgão federal “impor” a vazão no rio que o perímetro requer. Um dos coordenadores do encontro, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) defende uma redução na vazão, de mil metros cúbicos para 900 metros cúbicos, despachada de Sobradinho para Paulo Afonso, a fim de evitar que as atividades tanto no Senador Nilo Coelho quanto no perímetro Maria Tereza sejam interrompidas a partir de outubro.

Elmo disse ainda que o K1 e K2 – taxas cobradas pelo uso da água aos produtores do Nilo Coelho – são modelos de gestão “falidos”. Também saiu em defesa da regulamentação da nova Lei de Irrigação e de um fundo constitucional para garantir a assistência técnica aos produtores, da revitalização do rio e do programa federal ‘Mais irrigação’, que segundo ele, avançou. “Sabemos que temos muito a fazer no Nilo Coelho, no Curaçá (perímetro de Juazeiro), mas o ‘Mais Irrigação’ andou. Temos contratado cerca de R$ 550 milhões em projetos, e já pagamos mais R$ 250 milhões”, frisou Elmo, lembrando que FBC ajudou nesse processo quando ocupou a pasta da Integração Nacional.

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