A presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados Rurais de Petrolina (STTAR), Leninha Lima, saiu em defesa do processo eleitoral para a escolha da nova diretoria da entidade que tem data marcada para 23 de novembro, conforme o estatuto social da entidade. Isso porque a Justiça do Trabalho entendeu que o número de convocados fere o Decreto Estadual nº 51.261/2021, que dispõe sobre o retorno gradual das atividades sociais e econômicas, e viola o limite de 500 pessoas em eventos corporativos ou 80 % da capacidade do local – o que for menor.
“A gente quer dentro da lei, garantir para que os trabalhadores possam, sim, ter as suas eleições realizadas no dia 23 de novembro”, disse Leninha em entrevista na imprensa esta manhã, após ser informada da suspensão da assembleia extraordinária desta terça-feira (14), que daria início ao processo eleitoral da entidade com formação da comissão eleitoral, representando todos que fazem o STTAR.
“Na assembleia a gente discutiria o regimento do pleito, mas a gente entende que agora vamos dar andamento pela via judicial, vendo se haverá uma nova data para uma nova assembleia que entendemos pelo motivo alegado do impedimento da pauta de hoje (a pandemia). Vamos então trabalhar para realizar de forma remota ou deixar com a justiça a decisão”, frisou Leninha. Segundo a presidente, como é de sua responsabilidade e da própria história do STTAR, o direito dos associados de todos os trabalhadores terem a sua eleição permanece garantido.
“Vamos ao poder judiciário para que os prazos e as datas de realização do pleito das eleições posam ser garantidos, pois precisam ser cumpridos. A gente agradece aos trabalhadores que tiraram um pouco do seu tempo para se dirigir ao Sest Senat, onde ocorreria a assembleia e contribuir com o processo. De nossa parte, reafirmamos o compromisso de garantir o pleito das eleições, independente de quem seja essa vitória, mas a gente entende que tem que acontecer”, destacou Leninha.
“Má fé”
Leninha tem 15 dias para responder ao poder Judiciário e realizar sua defesa. Sobre o motivo do risco do contágio ao realizar a assembleia, a presidente do STTAR observou que o local marcado obedecia todos os protocolos de combate ao coronavírus. Era um local aberto, inclusive. Ela acredita que houve “má fé” de partes que não apoiam a sua gestão, ao suspender um processo que segue a legalidade dentro do estatuto social do sindicato. “Nós temos os prints de conversas em redes sociais, de atitudes de má fé de outras partes, e vamos apresentar ao judiciário para que eles entendam o que realmente vem ocorrendo. Mas queremos, dentro da lei, realizar o direito dos trabalhadores a sua eleição”, finalizou.