Presidente do STTAR sobre safristas: “Se fossem colaboradores, seriam mais valorizados”

por Carlos Britto // 13 de novembro de 2024 às 18:26

Foto: Erlan Alexandre/reprodução

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados Rurais (STTAR), Maria Joelma, foi categórica ao relatar a realidade dos safristas da fruticultura irrigada da região, durante a assinatura do Termo de Adesão ao Pacto Nacional do Trabalho Decente, na manhã de hoje (13), na sede da 3ª Superintendência Regional (SR) da Codevasf em Petrolina.

Diante dos ministros Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária) e Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), Joelma afirmou que, por trás das frutas belíssimas exportadas para o mundo, existem milhares de trabalhadores que cuidam, plantam e as colhem, mas não são valorizados por isso. Ela aproveitou a ocasião para solicitar a inclusão da categoria no PAT (Programa de Alimentação dos Trabalhadores).

A presidente afirmou que “conta nos dedos o número de empresas que fornecem alimentação” aos safristas. Responsável por convidar os ministros para a visita a Petrolina, o presidente da Abrafrutas, Guilherme Coelho, procurou minimizar o relato de Joelma, chamando os trabalhadores de “colaboradores”, mas ela contestou. “São trabalhadores, sim. Se eles fossem colaboradores, seriam mais valorizados”, disparou.

Matéria atualizada às 7h27 

Presidente do STTAR sobre safristas: “Se fossem colaboradores, seriam mais valorizados”

  1. disse:

    Os trabalhadores rurais levam a agricultura irrigada nas costas e são tratados como se fossem uma parte pequena no processo. Tem que exigir remuneração digna, mais benefícios, participação nos lucros, entre outros, diferente disso é apenas exploração de mão-de-obra barata barata e sem dignidade alguma.

  2. João disse:

    Os trabalhadores rurais desempenham um papel fundamental na agricultura irrigada, contudo, são frequentemente tratados como se tivessem uma participação insignificante no processo. É imperativo que se exija uma remuneração justa, mais benefícios, participação nos lucros, entre outros direitos. Qualquer coisa diferente disso configura-se como exploração de mão-de-obra barata e desprovida de dignidade.

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