Apesar de estar à frente de três ministérios e da vice-presidência, o PSB tem atuado de forma contrária aos interesses do governo no Congresso e mostrado alinhamento ao Centrão. Sinal disso foram os três votos contra as mudanças no marco do saneamento e o requerimento para acelerar a votação de derrubada da exigência de visto para entrada de americanos no Brasil.
Carlos Siqueira, presidente da legenda, reconhece o afastamento na Câmara dos Deputados. Diz que é devido à proximidade com o Centrão de seu líder na Casa, Felipe Carreras (PE), que também está à frente do blocão com PP e PSDB – siglas distantes do Planalto -, além do União Brasil, que tem cargos no primeiro escalão, mas oscila no apoio. Siqueira considera natural que o governo cobre fidelidade e afirma que as discordâncias são episódios isolados.
“São coisas que acontecem na política, mas o PSB, por ser governo, precisa estar mais afinado e votar a favor dos projetos que estão acertados”, diz. No ‘toma lá dá cá’, uma das cobranças do PSB é uma superintendência em Pernambuco da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), também disputada por Republicanos e PT.