O Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial, ficou em 1,07% em abril, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em março, o índice havia chegado a 1,24%.
Apesar de a taxa ter desacelerado em relação ao mês anterior, o índice de abril é o maior para o mês desde 2003, quando atingiu 1,14%. Em 12 meses, o IPCA-15 ficou em 8,22% – a mais elevada desde janeiro de 2004. No ano, o índice acumula alta de 4,61%.
O índice desse mês foi puxado pelo aumento de preços de gastos relativos à habitação e à alimentação.
Em habitação, cuja taxa passou de 2,78% para 3,66%, a maior influência partiu do preço da energia elétrica, que subiu 13,02%, “refletindo reajustes que passaram a vigorar a partir do dia 2 de março, tanto na bandeira tarifária vigente (vermelha) – que aumentou 83,33%, ao passar de R$3,00 para R$5,50 – quanto nas tarifas, com a ocorrência de reajustes extraordinários”, diz o IBGE, em nota.
Também ficaram mais caros água e esgoto (1,05%); artigos de limpeza (0,93%); condomínio (0,87%); gás de botijão (0,82%); aluguel residencial (0,74%); mão de obra pequenos reparos (0,74%).
A alta nos alimentos foi menor de um mês para outro, passando de 1,22% para 1,04%. O consumidor pagou mais pela cebola (6,72%), pelo alho (6,61%), pelos ovos (5,49%), pelo leite (4,96%), pelo tomate (4,28%) e pelo óleo de soja (3,68%).
Entre as capitais pesquisadas pelo IBGE, a região metropolitana de Curitiba apresentou a maior alta, de 1,79%, “especialmente em virtude da expressiva alta da energia elétrica (20,17%) e dos alimentos (1,64%)”.
Na outra ponta está o Recife, onde os preços subiram 0,63%, puxado pela energia elétrica (0,67%). (fonte/ilustração: G1)
A culpa é do povo!