Procura de Órgãos do HDM/Ismep faz campanha de conscientização sobre doação

por Carlos Britto // 04 de setembro de 2023 às 16:38

Foto: Ascom/Divulgação

Este mês é marcado pela campanha ‘Setembro Verde’, que reforça a importância da doação de órgãos e tecidos no Brasil. Em Petrolina, a Organização de Procura de Órgãos (OPO) funciona no Hospital Dom Malan (HDM)/Ismep. O município abriga a macrorregional Sertão e tem sua abrangência em unidades de saúde com emergências e unidades de terapia intensiva (UTIs), como o próprio HDM/Ismep, Hospital Universitário (HU), Neurocárdio, HGU, Memorial e Hospital Unimed.

A OPO do Dom Malan busca conscientizar a população, levando informações sobre a doação de órgãos e tecidos. “Nossa equipe realiza diariamente busca ativa, acolhimento familiar, manutenção do potencial doador, acompanhamento e fiscalização do protocolo de morte encefálica, organização da logística para captação, e educação em saúde”, explica a integrante da OPO, Janaína Carvalho. 

Doações em 2023

Este ano, entre janeiro e agosto, a OPO recebeu 10 doações efetivadas de órgãos múltiplos – entre eles coração, rins e fígado, totalizando em média 26 órgãos sólidos viáveis para transplante. “Estamos observando que a recuperação das taxas de doação e transplante no pós-pandemia de Covid-19 está muito lenta no país e não conseguimos retornar aos níveis obtidos em 2019, porém seguem em ascensão”, ressalta Janaína.

Em Petrolina não são realizados transplantes. A OPO do HDM funciona apenas como centro captador, que encaminha os órgãos captados para o Recife ou outros Estados, caso não haja receptores compatíveis em Pernambuco. No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), os órgãos/tecidos mais doados e necessários para transplantes são córneas – seguidos, em ordem, por rins, fígado, coração, pâncreas e pulmão. 

OPO

A Organização de Procura de Órgãos (OPO), regulamentada pela portaria nº 2.601 de 21 de outubro de 2009, tem o papel de coordenação responsável por organizar e apoiar, de acordo com o sistema nacional de transplantes, as atividades relacionadas ao processo de doação de órgãos e tecidos, a manutenção de possível doador, a identificação e a busca de soluções para as fragilidades do processo, a construção de parcerias, o desenvolvimento de atividades de trabalho e a capacitação para identificação e efetivação da doação de órgãos ou tecidos. É a OPO que deve articular-se com as equipes médicas dos diversos hospitais, especialmente as das unidades de tratamento intensivo e urgência e emergência, no sentido de identificar os potenciais doadores e estimular seu adequado suporte para fins de doação. 

Lista de transplantes

A lista para transplantes é única e vale tanto para os pacientes do SUS quanto para os da rede privada. A lista de espera por um órgão funciona baseada em critérios técnicos, em que a tipagem sanguínea, compatibilidade de peso e altura, compatibilidade genética e critérios de gravidade distintos para cada órgão determinam a ordem de pacientes a serem transplantados. Quando os critérios técnicos são semelhantes, a ordem cronológica de cadastro ( ou seja, a ordem de chegada) funciona como critério de desempate. Pacientes em estado crítico são atendidos com prioridade, em razão de sua condição clínica. 

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