Produção de frutas do São Francisco no alvo de multinacional alemã

por Carlos Britto // 29 de janeiro de 2013 às 11:31

fruticultura valeEm 2011, o faturamento da Basf na América do Sul chegou a 4,4 bilhões de euros. O Brasil, por ser um celeiro agrícola, tem forte participação nas contas da multinacional alemã. E Pernambuco está incluído no roteiro da empresa. Os focos são a cana-de-açúcar, na Zona da Mata, além da uva, manga e outras frutas produzidas no Vale do São Francisco. O objetivo da atuação é o mesmo: fornecer produtos que garantam mais safras com qualidade superior.

Gerente de Marketing Especialidades, o engenheiro agrônomo Redson Vieira (formado em Alagoas) diz que o setor canavieiro tem maior participação do que o de hortifrutas.

Segundo ele, os representantes da Basf contribuem com pesquisas junto com os produtores na busca por melhores resultados. Também há uma parceria com o Centro de Tecnologia de Cana-de-Açúcar na realização de pesquisas e desenvolvimento. Vieira explica que o AGBalance é uma ferramenta de gestão que avalia a cadeia produtiva. “As informações são desenvolvidas com as usinas para que elas possam produzir mais, de forma sustentável”, conta.

Os estudos ainda não chegaram a Pernambuco, mas o primeiro levantamento realizado em São Paulo e divulgado há alguns dias demonstram que a fertilização com vinhaça e composto (torta de filtro e cinzas) deve ser intensificada para garantir maior benefício ambiental e economia na adubação.

Para os cultivadores de cana, a Basf tem linhas de inseticida e herbicida que são aplicados na lavoura e resistem ao um longo período sem chuva, como está ocorrendo agora. Há dois produtos de fulgicida (Comit e Opera) que atuam no controle de doenças e promovem o aumento da biomassa. “São benefícios que, além do controle das doenças, melhoram o índice de produtividade”, explica Redson Vieira.

Fruticultura

Para a produção da uva na região do São Francisco, Vieira conta que há um produto exclusivo da Basf, o Dormex, que permite ao fruto suportar a alta temperatura do Sertão. “A uva necessita de temperaturas baixas. Sem o Dormex, praticamente não haveria produção no Nordeste”, ressalta. A empresa importa o produto da Alemanha e seu uso é mais específico para uvas e maçãs, embora possa ser aplicado em outras frutas com caroço, a exemplo do pêssego. No caso da manga, há uma linha de fulgicida para atacar as chamadas ‘doenças aéreas’.

Há um trabalho de fomento da Basf junto aos agricultores do Brasil e em Pernambuco, por ser um estado importante no setor da exportação”, assinala Vieira. Outros dois focos estão em Alagoas (também por causa da produção de cana), e no Rio Grande do Norte, onde se cultiva o melão. (De Agência/foto reprodução)

Produção de frutas do São Francisco no alvo de multinacional alemã

  1. Petrolina que me dá orgulho disse:

    A capital Petrolina leva esse vale nas costas, pois se depender de cidades estagnadas como o bairro juazeiro

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