Os produtores de manga do Vale do São Francisco podem constituir, em breve, uma cooperativa para fortalecer e organizar a produção regional. Apreensivos com os baixos preços praticados no mercado e o aumento no volume da fruta, os fruticultores do segmento se reuniram na última sexta-feira (4), na sede do Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina (SPR).
Na abertura o consultor especialista, Cézar Libório, falou do processo produtivo da mangicultura, destacando as características dos tratos culturais na região, as dificuldades com problemas climáticos, até o final do ano, e a necessidade da criação de uma cooperativa. O presidente do SPR, Jailson Lira, coordenador do encontro, reforçou a importância da criação da entidade, justificando através do fortalecimento e organização do setor que está crescendo. “Nosso Sindicato sempre está presente em todas as lutas dos produtores rurais e nas iniciativas para formação de cooperativas agrícolas no município de Petrolina”, pontuou Lira.
A reunião também contou com a participação virtual do presidente do Sistema OCB/PE, Malaquias Ancelmo de Oliveira, que descreveu a importância da constituição de uma nova cooperativa e colocou a estrutura do Sistema OCB/PE à disposição da futura organização, para suporte em assessoria e acompanhamento.
Falaram ainda, durante o encontro, o contador Edevaldo Budoia, que contou um pouco da sua experiência com outras cooperativas, e os analistas do Sebrae, Laianne Macedo e Gledson Borges. “Também estamos à disposição dos produtores de manga, através de uma série de atendimentos, a exemplo de subsídio financeiro, certificações, consultorias de gestão e tecnologia e análises de resíduos”, ressaltou Laianne Macedo.
Expectativa
O produtor de manga, Pedro Luiz, que cultiva a fruta em uma área de 12 hectares no município baiano de Sobradinho, aprovou a formação do grupo que vai constituir a cooperativa. “Acredito muito nesta ação importante de apoio aos pequenos produtores rurais da fruticultura, para a organização de um empreendimento coletivo com foco principalmente na organização e gestão do processo de comercialização”, concluiu.
As cooperativas têm valor de agregação de esforço e repartição do lucro, o que fortalece a negociação e o bem estar dos cooperados.