Produtores do Vale voltam a empregar e investir

por Carlos Britto // 26 de julho de 2009 às 19:23

petrolina-juaz1Produtores do Vale do São Francisco voltaram a empregar e a investir, depois da crise que provocou o fechamento de fazendas e a demissão de mais de dez mil funcionários. Só um exportador readmitiu cerca de 10% do total de trabalhadores dispensados na crise.

Sueme Koshiama recontratou mais de mil funcionários, aumentou a produção de manga em 400 hectares e já está fechando contratos com o quilo da fruta custando mais de dois dólares, o dobro do valor alcançado em novembro e dezembro do ano passado no auge da crise.

“Nós esperamos uma colheita de uns 15% acima da produção do ano anterior. Nós temos uma expectativa muito positiva, principalmente no mercado americano”, diz o exportador Sueme Koshiama.

Numa outra propriedade, os funcionários trabalham em ritmo acelerado para colher as 500 toneladas de uva até o fim do próximo mês. “Nós estamos acreditando que será uma venda com resultados iguais aos anos anteriores, tirando o ano passado”, declara o engenheiro agrônomo Warner Silva Júnior.

No ano passado, os exportadores de uva e manga do Vale do São Francisco dispensaram dez mil trabalhadores e tiveram R$ 300 milhões em prejuízos. Agora, eles esperam conseguir mais de R$ 500 milhões com a venda da safra deste semestre para os EUA e Europa.

A estimativa da Câmara de Fruticultura do Vale do São Francisco é de que a mesma quantidade de manga exportada no ano passado seja mantida em 117 mil toneladas. Já a exportação de uva deve cair em 20%, o corresponde a 70 mil toneladas. A redução é devido a propriedades que fecharam e a variedades da fruta que produziram menos por causa da chuva.

Informações do Ibahia

Produtores do Vale voltam a empregar e investir

  1. fernando disse:

    Os exportadores de V ale precisam direcionar os seus produtos para o mercado interno, para diminuir a dependência do mercado externo. Também é necessário haver incentivo para instalação de fábricas que possam beneficiar as nossas frutas.

  2. Alexandre Cardoso Garcia Leite disse:

    Até quando vamos continuar exportando, principalmente, produtos primários. Um aumento no número de pessoas empregadas no Vale do São Francisco é muito significativo para todos os outros setores da economia do Vale, contudo, sabemos, que são na maioria empregados bóia-frias, pessoas que nem mesmo possuem estabilidade no emprego, são empregados com contratos temporários. Em algumas fazendas essas pessoas nem possuem um refeitório para fazerem suas refeições. O que a Câmera de Vereadores de Petrolina e Juazeiro fazem pela dignidade humana desses trabalhadores? O que os orgãos públicos fazem para alavancar investimentos em possíveis outras áreas exportadoras. Nesse sentido, parabéns ao ex-Deputado Federal Oswaldo Coelho que deu o ponta pé inicial ao criar a Universidade do Vale do São Francisco. Quem sabe daí surgam negócios, propriamente, compatíveis com o século XXI.

  3. Exportador disse:

    UMA NOVA SAFRA SE APROXIMA, OS PRODUTORES INVESTEM PORQUE NAO PODEM PARAR E ACREDITAM EM DIAS MELHORES.
    A SAFRA DESTE ANO PROVAVELMENTE PODERA SER ATE 3O% MENOR, CONTUDO, SE ESPERA TAMBEM QUE OS PREÇOS SEJAM MELHORES.
    UMA BOA PARTE JA ESTA DIRECIONANDO A FRUTA PARA O MERCADO INTERNO.
    QUANTO AOS TRABALHADORES DA UVA DISCORDAMOS DO COMENTARISTA ACIMA DE QUE SAO PESSOAS SEM O AMPARO LEGAL E SEM CONTRATOS DE TRABALHO. A CAMARA DE VEREADORES NADA TEM A VER COM OS DIREITOS TRABALHISTAS QUE NESTE CASO EM SUA GRANDE MAIORIA NAO SAO SONEGADOS!!
    AS FAZENDAS PASSAM ANUALMENTE POR AUDITORIAS DE CERTIFICAÇAO QUE EM PRIMEIRO LUGAR OBSERVAM AS CONDIÇOES DE TRABALHO E CONTRATO DOS TRABALHADORES, COMO TAMBEM O MINISTERIO DO TRABALHO MANTEM UMA RIGIDA FISCALIZAÇAO…
    EM PETROLINA E REGIAO, DIFERENTEMENTE DE OUTRAS REGIOES PRODUTORAS O TRABALHADOR TEM UM SINDICATO FORTE E É ATENDIDO NOS SEUS DIREITOS.

  4. Beatriz disse:

    Fernando, quando optamos em Uvas sem Sementes, infelizmente, não é para deixar no mercado interno, pois o Brasileiro não possui uma boa condição financeira (ainda) para pagar os altos custos de consumo de uma fruta de altíssima qualidade. O fato de produzirmos uvas de qualidade é uma questão de opção. Tem gente que não investe tanto na área e acaba fazendo fruta para deixar por aqui mesmo. Enquanto tem uns que preferem investir pesado e mandar fruta para fora, pois se tudo colaborar (clima, moeda) o retorno é garantido, já que a uva é uma das frutas mais consumidas do mundo. É muito interessante essa sua dica de beneficiamento. Concordo plenamente! Só queria esclarecer mesmo o motivo de optarmos em comercializae esta fruta fora. É apenas uma questão de retorno financeiro mesmo.

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