O professor da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Nilton Almeida, que denunciou ter recebido um tapa na cara, ser algemado, jogado no camburão e levado à Delegacia durante uma blitz da Polícia Militar da Bahia (PMBA) em Juazeiro, passou de vítima a réu, em um processo aberto pelo Estado contra ele por desobediência, cuja vítima é a cidade de Juazeiro. A audiência de conciliação aconteceu na última terça-feira (29/06), mas não houve acordo porque Nilton teria que reconhecer que desobedeceu a um policial, e assim, pagaria um salário mínimo ou dedicaria horas de trabalho a alguma instituição social.
Segundo informações do advogado que acompanha o caso, Sebastião Maia, trata-se de um procedimento comum nesses casos. É aberto um Termo Circunstanciado (TCO) para distribuir para uma das varas da Justiça e, a partir daí, abre-se um processo criminal.
“Fora o fato em si a coisa mais constrangedora foi eu estar na condição de autor. Por mais que se diga que seja uma coisa automática, que seja uma coisa do sistema. É frustrante a maneira como a gente (cidadão) está sendo tratado. Além disso, esse espetáculo de 28 de novembro foi assistido por crianças e vizinhos, então a polícia militar e o governo do estado da Bahia tem que pensar sobre quais são os riscos de se ter uma pessoa com esse tipo de qualificação nas ruas“, questiona Nilton.
No TCO, como relata o professor, o policial alega que Nilton desacatou a guarnição porque estava com um sorriso irônico no rosto. “Eu gostaria de saber em que artigo da Constituição ou do Código Penal, dentro do sistema jurídico brasileiro, está escrito que o sorriso irônico se constitui em crime, primeira coisa. A última coisa que um homem negro faz é rir numa situação dessas. Nós, desde cedo, aprendemos os riscos que corremos, institucionalmente e extra institucionalmente nesse país. A gente não brinca com a vida da gente. A outra é que, desde de novembro de 2014, eu orientava um Trabalho de Conclusão de Curso sobre abordagem policial. Eu conheço abordagem policial tanto do ponto de vista teórico, de como deve acontecer, como eu conheço abordagem policial do ponto de vista prático: como ela realmente acontece todos os dias, principalmente no que diz respeito à população negra, principalmente no que diz respeito a jovens negros”, enfatiza.
O advogado reitera as palavras do professor. “A população negra, pobre, periférica, presume-se que exista um crime sendo cometido. Ele foi parado e já foi revistado, colocada a mão na cabeça. Nesse procedimento a lei exige a fundada suspeita do cometimento do crime. Você está em situação de suspeição. Qual é a suspeita? Porque é negro? Por que é pobre? Por que está numa moto Pop? O direito penal é um sistema de controle social dos pobres, que origina essas excrescências. Um cidadão que está se dirigindo a um tratamento médico, próximo de sua casa e é abordado para ser revistado”, analisa Maia.
O episódio aconteceu em 28 de novembro de 2015, quando Nilton saía de sua casa para fazer uma cirurgia odontológica e foi parado por uma blitz, ainda na rua onde mora. “Eu fui tratado com hostilidade, mas obedeci a cada ordem que me foi dada e, a determinada altura, eu solicitei – já que o policial alegava que o comprovante de pagamento do IPVA de 2015 da moto não estava entre meus documentos– para ir a minha casa, porque eu estava muito próximo, e disse: ‘Eu moro ali naquela casa, eu posso pedir para minha esposa pegar o documento?’ Aí o policial disse: ‘Você está me desacatando’. Eu perguntei: ‘Eu estou lhe desacatando?’ Ele respondeu: ‘Você está me desacatando’. Eu respondi: ‘eu não estou gritando, eu não estou exaltado, eu não estou alterado.’ Eu não terminei de dizer o dia porque ele me deu um tapa no rosto: Você me deu um tapa? E ele respondeu: ‘Ele está me desacatando! Algema ele!’. Só quando a minha esposa chegou foi que eu passei a ser tratado como gente“, relata Nilton.
Além disso, o professor questiona o que teria levado o policial a pará-lo e realizar a abordagem, utilizada em caso de suspeita de crime cometido. Nilton afirma que pilotava a baixa velocidade, com a viseira abaixada, estava calçado, e não de sandália, seguindo as normas para pilotar uma moto. “Então, fui parado por quê, se eu não apresentava nenhum comportamento que justificasse tal parada? além disso, quando eu paro já escuto: ‘Mão na cabeça!’ Eu fiz absolutamente tudo que me foi ordenado no dia 28. ‘Pare!’, parei; ‘mão na cabeça!’, coloquei; ‘desça da moto!’ desci“, lembra. Ele contou ainda que já foi parado outras vez em uma blitz em frente à Univasf, e a conduta foi completamente diferente. “Sequer foi necessário que eu descesse da moto, apenas apresentei os documentos e fui liberado”, disse.
Agressão
A abordagem foi realizada por quatro policiais e a agressão teria sido cometida pelo comandante do grupo. “Eu fui algemado e colocado no xadrez do presídio, como chamam a parte do camburão onde são colocados os presos”, afirmou. Antes de ser levado, Nilton permaneceu de 10 a 15 minutos algemado na rua, “pra todas as pessoas que passavam pudessem ver”, relata.
Antes de entrar na viatura, Nilton solicitou que olhassem a identidade funcional dele. Além disso, a moto estava identificada com o selo da Univasf. Estava com o licenciamento pago e em nenhum lugar do processo consta que o professor foi multado, apesar de ter sido parado por uma suposta irregularidade em sua moto.
Nilton afirma que o delegado Fábio Conceição ficou surpreso, por um lado, porque achou o procedimento absolutamente desnecessário e excessivo. O professor foi ouvido naquele dia pelo delegado e, no dia 1º de dezembro, fez uma denúncia na Corregedoria da Polícia Militar do Comando Regional Norte. Na semana seguinte formalizou a denúncia junto ao Ministério Público da Bahia (MPBA). A assessoria da Polícia Militar foi procurada por duas vezes, mas não se pronunciou. (Texto: Márcia Guena e Larissa Calixto/para o Blog)
Infelizmente sempre numa abordagem policial o negro será alvo. Pois a propria Policia incentiva que esse “tipo” de pessoa seja abordada. O pior não é a abordagem em si, mas a forma de tratamento, pois se é um homem branco bem vestido, esse é tratado com cortesia, já se for negro é tratado com arrogância e truculência. É dificio ser negro em qualquer luga do mundo, mas no Brasil isso é altamente perigoso.
É assim mesmo, pobre e negro não tem vez, é tratado como lixo, aqui em Petrolina é comum você entrar em lojas e se não estiver bem vestido é mal tratado e se quer te olham na cara, fui tratada assim grávida na loja bebê e cia no centro de Petrolina pela dona e fiquei sabendo pela dona da loja ao lado que isso é comum por partes das mesmas, se vc não é branco, bem vestido vc é um qualquer e é tratado a chutes e ponta pés.
Se estiver mal vestido, pode ser branco ou negro. A sociedade valoriza a aparência, o dinheiro e poder. Isso não deveria ser assim, mas…
Pois é Socorro, valores distorcidos, não costumo andar de salto alto, ando da forma que me deixe à vontade, na época grávida mais ainda.
Mesmo que para alguns meus trajes e minha pessoa não sejam dignos para adentrar em seus estabelecimentos, eu me visto como me convém. Sou trabalhadora, honesta, pago meus impostos e contribuo com a educação desse país pois sou professora. A essas crianças eu deixo a mensagem de tolerância e respeito ao próximo que valores não se medem pela aparência e nem pelo poder aquisitivo, muito menos pela cor. Lamentável, fico bestializada com essa prática.
Corrigindo, o nome da loja é gestante e cia, prox a Geani, saí de lá aos prantos, muito humilhada, creio que por ser negra e andar de forma simples, porém fui comprar à vista. meu dinheiro não é diferente do dinheiro do branco e nem dos mais abastados, meus direitos são exatamente os mesmos!
Achou o que tava procurando,bem empregado,quer aparecer bota uma melancia na cabeça e sai nu na rua.
No Brasil muitos querem bater em polícia de serviço, tomar presos, criticar a forma de trabalho como se fosse conhecedor, insultar, desacatar etc…
Sempre bom ver alguém que sempre procura desrespeitar policiais pagar por seus crimes! Um dia quem sabe teremos uma polícia mais autônoma!
Ahh muitos dizem, ” temos uma polícia de 3 mundo”. Mas deve ser pq nossa sociedade é de terceiro mundo tbm!
Tratamento autoritário, discriminatório e arrogante é o modo com que esse senhor trata seus vizinhos. Se acha melhor q todos por ser professor doutor, (chame-o apenas de professor pra ver).Que igualdade é essa q vc cobra sr. professor doutor?
Mais pobre e negro é o policial que ele acusoue desacatou! Então deixem desse discursinho vitimista que ja virou clichê!
Este Professor anda com a documentação atrasada E FICA ARRUMANDO CONFUSÃO!!!!!!!!!!!. É cada uma, você é um professor de Universidade Federal. Seus alunos querem aula de qualidade. Estou estudando para concurso, gostaria de ter uma oportunidade para ser um professor pesquisador e não um professor para chamar a atenção negativamente. VAI TRABALHAR PROFESSOR, VAI FAZER JUS DO SALÁRIO QUE VOCÊ RECEBE TODO MÊS. ESTOU COM A POLÍCIA! PARABÉNS POLICIAIS VOCÊS SÃO TODOS HERÓIS!!!!DEIXAM EM CASA SEUS FAMILIARES PARA COMBATER A CRIMINALIDADE. PARABÉNS POLICIAIS!!!
Coisa da pm da ba. Impunidade, prepotência e arrogância e cobertura para desmandos.
UM SALARIO MINIMO É POUCO ELE DEVERIA SER CONDENADO A PAGAR UMA IDENIZAÇÃO AOS POLICIAIS QUE ELE ACUSA. POR DENEGRIR A IMAGEM DOS PAIS DE FAMILIA. E OUTRA ELE NÃO É UM NEGRO POBRE E COITADO COMO ESTÃO COMENTANDO AKI NÃO COMO ELE MESMO TENTOU PASSAR NA BLITZ ERRADO EU SOU PROFESSOR DA UNIVASF
Foi divulgado em rede sociais que os policiais que abordaram o professor também eram negros. Seria interessante que a imprensa levantasse também esse fato, pois nesse caso não há como se se falar em preconceito contra negro. Para a população do Nordeste eu sou branco, e já fui parado várias vezes pela polícia. Também concordo que os policiais são despreparados para atender cidadãos, mas racismo é forçar a barra, já que a maioria dos policiais são pardos. A não ser que negro também tenha preconceito contra negro. Fica a dica. Vamos unir as forças para combater a truculência contra a sociedade, e não dividir mais ainda nossas forças.
Vamos olhar os dois lados da moeda, tem o professor que afirma que a policia foi arrogante por que é policia e tem a policia que diz que ele foi arrogante porque era professor.
É professor, a casa caiu. Tá respondendo corretamente agora, como réu.
1- Aos vitimistas patológicos e incapazes de avaliar a situação sem contaminação ideológica, o PM do caso TAMBÉM ERA NEGRO, sabiam?
2- TODA denúncia oriunda de coletivistas- vitimistas hodiernos, uma vez levada à seara da apuração tende a constatar-se mentira – ou alguém espera a verdade ser instrumento de marxistas? Apurem, por exemplo, os supostos crimes de “homofobia” para verem quem são os maiores assassinos e agressores de gays: Outros gays, mas podem culpar os cristãos e a inocência de nossa incauta sociedade acata, fazer o quê?
Na boa, eu já sabia…
Gostaria de saber: por que não se ouvi os dois lados, ou seja, a versão do policial ou da própria PM também?????????
O que aconteceu com esse rapaz é um absurdo.
Toda pessoa deverá ser tratada como inocente até que se prove o contrário.
Meu amigo, como pode uma coisa dessa um professor nível universitário anda todo errado sem estar em dia com a quitação do veículo e ainda quer confusão com a polícia!!!!!!!!!! É CADA UMA!!! VAI DAR AULA PROFESSOR!!!!!!!!!!! SEU ALUNOS ESTÃO LHES ESPERANDO!!!!! VAI PUBLICAR UM LIVRO!!!! VAI CRIAR UM TRABALHO QUE AJUDE A POPULAÇÃO CARENTE!!!!! SEI LÁ!!!!!!!!! AGORA ARRUMAR CONFUSÃO COM A POLÍCIA!!!!!!!!!!! É O FIM DO MUNDO!!!!!!!!!!!!! E NÃO TEM NADA A VER COM COR, NEM NADA!!!!!!!!!! NÃO ANDA NA LINHA O TREM PEGA!!!!!!!!!!!!! PARABÉNS POLÍCIAS!!!! SOU FÃ NÚMERO 1 DA POLÍCIA!!!!!!!!!!!
bem feito de vítima virou réu, e aí vai falar o q sobre a justiça?
Ele não conta que desobedeceu uma ordem legal,pensou que apoiado por da reserva ia ganhar algo com algumas estórias.
Acho que a arroganciância deve ter partido do proprio professor doutor,bem feito,isso é costumeiro ser feitos por pessoas do tipo dele,doutor!!!
Infelizmente isso acontece, e nos negros somos alvos da falta de educação de determinados militares. Eu sei como é isso, por que já fui vitima de tamanha truculência.
Sou negro também e para completar eu moro em bairro periférico aqui de Petrolina, mas esse professor tem razão. Tem uns zé mané que se acham só porque são policiais e tem uma arma na cintura. Carlos Britto, todos nós sabemos que pretto sempre será alvo de preconceito, que por mais que tentem apagar o passado do povo negro, não vai consegui porque o preconceito está no sangue. Agora imaginem que se fizeram isso com um negro que tem mais estudo, do que os próprios policiais imaginem com os negros pobres e periféricos? Muito humilhante para esse professor universitário ter sido abordado por um grupo preconceituoso de policiais que para se tornar ” policial” basta ter o ensino médio. Por isso acho que mesmo pra ser PM era para ter nível superior, no mínimo!
Grande Nilton você já passou por obstáculos maiores na vida pra chegar aonde chegou e isso sempre incomodou muita gente e vai continuar incomodando más dificuldades é o que mais agente aprendeu a driblar. A justiça sempre vem para os justos eles ainda vão te pedir perdão. Abraços e força. ..
vai estudar e da aulas professor,vai ensinar seus alunos a serem cidadãos de bem e não a fazer o que você fez.
assistir uma aula desse professor sobre drogas ,ei professor faça o que quiser agora não mexa com a policia.
Se tem alguma vítima nessa história com certeza é o policial, pois ninguém pode dizer que é pobre nesse país recebendo o salário de professor universitário.
Conheço várias pessoas que trabalham na reitoria da Univasf-Petrolina… Todos definiram o professor como sendo uma pessoa arrogante e sacastica… Os policiais agiram bem! Racismo é crime! Mas para os mal resolvidos e coitados eu aconselho uma boa terapia Freudiana!
\!!!!CHAMAR ATENÇÃO!!!!!!!!!!!QUE MAL EXEMPLO PROS ALUNOS!!!!!!!!!!! TENHO CERTEZA QUE ELE DEVE ARRUMAR CONFUSÃO AONDE CHEGA SÓ PARA APARECER!!!!!!!!!!!!!!COM ESSE PAPO DE SOU NEGRO!!!!!!!!!!! NADA HAVER!!!!!!!!!!!!QUER APARECER PINTA OS CABELOS DE VERMELHO!!!!!!!!! O TRONCO DE AMARELO E AS PERNAS DE VERDE!!!!!!!!!!TODO MUNDO VAI VER VOCÊ PROFESSOR!!!!!!!!!!!!!!!! ATÉ QUEM NÃO ENXERGA VAI VER VOCÊ!!!!!!!!!!!!!VAI TRABALHAR HOMEM!!!!!!!!!!!! SOU FÃ DA POLICIA!!!!!!!! PARABÉNS POLICIAIS!!!!!!!!!
SIMPATIA DO DIA PARA UM PROFESSOR UNIVERSITÁRIO QUE NÃO TEM O QUE FAZER:
JUNTE 30 CUECAS SUJAS QUE VOCÊ USOU DE PREFERêNCIA QUE ESTEJA MELADA DE C…. COLOQUE NUMA MALA FECHADA, E A CADA DIA VOCÊ CHEIRA UMA. VOCÊ DEPOIS DE QUINZE DIAS VOCÊ VAI PARAR DE ARRUMAR CONFUSÃO E SE AUTO CONHECER, POIS SÓ VOCÊ QUE CHEIRA SUA CUECA SUJA!!!!!!!
vai trabalhar professor Nilton!!!! é cada uma!!!!! a Universidade está investindo em você!!!!!
Não se trata de aparecer, ele fez o que qualquer pessoa faria, procurou seus direitos e ele é réu, não condenado! O erro não está só em um lado. Se fosse um “conhecido” poderia ir buscar o documento na rua anterior??? O policial estava fazendo sua parte, mas toda abordagem acontece com TAPAS? Vamos aguardar o julgamento. E muitas pessoas julgam o livro pela capa.