A reivindicação por uma mudança no artigo 47 do estatuto da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (Facape) referente à paridade de votos na eleição para a escolha de presidente, diretores e coordenadores da autarquia municipal motivou um debate realizado na última quinta-feira (1) na Casa Plínio Amorim.
Atualmente o peso maior de votos na eleição da Facape é dos professores, com 50%; o alunado vem em seguida, com 40%, restando aos técnicos administrativos apenas 10%.
Defensor da participação igualitária de todos no processo, o professor Celso Franca, que falou da tribuna do Legislativo, disse que esse cenário precisa ser mudado o mais rápido possível. “Isso é uma humilhação muito grande para os técnicos”, justificou.
Para Franca, o peso deveria ser de um terço de votos para as três categorias, e já deveria valer para a eleição da Facape em 2016. O professor ressaltou que essa decisão já vigora na maioria das universidades e em todos os institutos federais tecnológicos do país.
“Avanço”
Ele não teve dúvidas em afirmar que, da maneira como vêm ocorrendo, as eleições da Facape são antidemocráticas. “Os técnicos já disseram que, se não houver mudança no estatuto, eles não votarão no ano que vem porque se sentem humilhados”, alertou. Segundo Franca, mesmo sabendo que há colegas seus contrários à ideia, a paridade de votos representaria “um avanço da democracia participativa” na autarquia.