Professora agredida há 2 anos pelo ex-namorado será homenageada no Carnaval de Petrolina

por Carlos Britto // 15 de fevereiro de 2015 às 10:17

Amanda-FigueiroaA professora universitária Amanda Figueiroa (foto), que foi agredida em Petrolina pelo ex-namorado, há dois anos – cujo fato repercutiu fortemente na imprensa local e nas redes sociais -, receberá uma homenagem no Carnaval. As Secretarias Estadual e Municipal da Mulher colocarão na rua, mais uma vez, o bloco “Quem disse que a gente não vinha?”, que sairá na terça-feira (17), último dia na cidade.

O bloco é composto só por representantes do sexo feminino e faz alusão e alerta para o assunto. O tema deste ano será “Violência contra a mulher é coisa de outros carnavais”.

Amanda sentiu-se “feliz e honrada” pelo convite para vir a Petrolina e sair no bloco, mas que por questões de segurança à sua integridade física e psicológica, preferiu não comparecer. No entanto ela informou que enviará uma representante ao movimento, o qual ela qualifica como “muito nobre”.

A professora disse ainda que atualmente está brigando judicialmente para ser transferida da Univasf (onde lecionava) para a UFPE, onde ficará longe do seu agressor. Além disso, estará na companhia de familiares, que representam sua rede de proteção e segurança, já que ainda realiza tratamento psicológico e psiquiátrico.

A negação ao exercício da docência se constitui em uma violação ao direito ao trabalho, representando um ataque ao exercício da cidadania da mulher, já que a Constituição Federal, em seu artigo 6°, afirma que são direitos sociais, entre outros, o direito à saúde, ao trabalho e à segurança. A Lei Maria da Penha criou mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Em seu artigo 9º essa Lei assegura a remoção da mulher vítima de violência para outra localidade onde seus direitos fundamentais sejam preservados, sem que esse deslocamento represente penalidade social decorrente da violação ao direito do trabalho, quando a mulher for servidora pública”, frisa Amanda.

No mesmo ano em que Amanda foi agredida (em 2013), o ex-namorado dela, Teócrito Amorim, foi condenado a um ano, sete meses e 15 dias de reclusão. Ele recorreu a outra instância judicial, mas teve seu recurso negado por unanimidade dos desembargadores.

Professora agredida há 2 anos pelo ex-namorado será homenageada no Carnaval de Petrolina

  1. viviane de jesus disse:

    Amanda, você é uma vencedora!!!!! Bjs

  2. kleyton disse:

    Parabéns ao blogue é principalmente a pessoa da Amanda por essa homenagem que celebra uma causa importante e digna a mulher!!! Ela merece.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Últimos Comentários