Com 12 mil pessoas atendidas e 1,5 mil cirurgias de catarata realizadas, o secretário estadual da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, foi conferir no sábado (20), em Juazeiro, os resultados preliminares do programa ‘Saúde sem Fronteiras, uma ação da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), que se encerra na próxima segunda-feira (23).
Foi a primeira vez que a Sesab reuniu as quatro estratégias do programa em um só lugar. Foram ofertados serviços na área de oftalmologia (consultas, exames e cirurgias), odontologia, exames de mamografia e doação de sangue. “Vamos replicar esta ação em outros municípios, pois conseguimos em uma semana concentrar e atender a população de toda a região, ofertando serviços reprimidos, a exemplo da cirurgia de catarata“, afirmou Vilas-Boas.
Aposentado e morador da zona rural de Casa Nova, Pedro Lino, 66 anos, foi um dos beneficiados pelo programa. “Estou aqui porque minha mulher voltou a enxergar depois da cirurgia e também quero essa maravilha pra mim”.
O secretário de Relações Institucionais, Josias Gomes, que também esteve presente na visita, se disse impressionado com a ação. “É uma experiência extraordinária para quem não é da área. Fico muito feliz em ver que a ampliação dos serviços da Sesab cria um estímulo para que as pessoas exijam mais os seus direitos. Além disso, o programa é uma prova que o Sistema Único de Saúde (SUS) avança no seus compromissos”, avaliou.
Inovação
O titular da pasta da Saúde ainda aproveitou para visitar a fábrica da Moscamed, empresa de biotecnologia que produz mosquitos aedes aegypti geneticamente modificados e estéreis. “Temos a convicção de que estratégias alternativas de combate ao mosquito devem ser estimuladas, pois ele se tornou a principal ameça à saúde pública do país, visto que é vetor de transmissão da dengue, chikungunya e zika“, ressaltou Vilas-Boas, acrescentando que essas doenças estão supostamente relacionadas ao aumento do número de casos da síndrome de Guillain-Barré e microcefalia, sobretudo, no Nordeste.
Atualmente a fábrica tem capacidade para produzir de quatro a cinco milhões de mosquitos por semana, o suficiente para controlar uma área do tamanho da cidade de Jacobina. Uma das possibilidades, segundo o secretário estadual, é investir na ampliação da planta a fim de atuar nas principais cidades da Bahia com epidemia de dengue, chikungunya ou zika.
Hospital Regional
Durante a visita ao município, Vilas-Boas foi ao Hospital Regional de Juazeiro (HRJ), unidade 100% SUS do estado e que há seis meses está sendo administrado pela Associação de Proteção à Infância e à Maternidade (APMI). “Estive aqui no início do ano e o hospital estava em franco processo de restrição de atendimentos, insatisfação tanto dos médicos, residentes, como pacientes. Decidimos, então, trocar a empresa gestora e, após a APMI ter assumido, é evidente o grande processo de melhora não só na quantidade de serviços realizados, mas da qualidade do atendimento à população e os indicadores de satisfação dos pacientes e funcionários”, pontuou o secretário. (foto: GOVBA/divulgação)