Um projeto de lei apresentado pelo deputado estadual Rodrigo Novaes (PSD) pretende impedir em Pernambuco a importação, comercialização ou a utilização de substâncias agrotóxicas cuja venda tenha sido proibida em seu país de origem – a exemplo do Glifosato, substância das mais prejudiciais ao meio ambiente e ao ser humano.
O Glifosato é uma molécula química usada para matar plantas. Em relação à saúde humana, ele é apontado por lesar alguns tipos de hormônios. Comprovadamente, pode prejudicar um bebê ainda durante a gestação da mulher, causando má formação e autismo. Entre outros males, existem também ocorrências que a mesma substância pode causar câncer.
“Se não pode ser comercializada em seus países de origem, por que poderá aqui em Pernambuco?“, questiona o deputado. “Não pode fazer bem. Na verdade essa devia ser uma medida válida para todo o país, para resguardarmos a saúde de nossa população“, conclui Novaes. (foto/divulgação)
O caso merece muito mais prudência do que o se imagina. Antes de medidas extremas assim é necessário que se faça um trabalho de avaliação de cada produto comercializado aqui no Brasil, quanto à veracidade de todas as informações contidas na bula de cada um. Muitas informações parecem ter sido simplesmente extrapoladas, pura e simplesmente, pelos fabricantes e homologadas pelo Ministério responsável aqui no Brasil. Leve-se em conta que os países importadores, quando lhes interessa, usam barreiras fitossanitárias como barreiras comerciais. Antes também de qualquer medida nossa neste sentido, é mais urgente lei que obrigue os produtores brasileiros, sem exceção, à prática da produção integrada, ou à implantação em suas propriedades rurais de selo de qualidade, adaptando por, por exemplo, coisa parecida com Eurepgap. De qualquer maneira a preocupação do Deputado é positiva pra se promover uma discussão séria sobre o assunto, mas a aprovação desta lei é um tiro no pé para a nossa economia e não protege o consumidor pernambucano porque os produtos agrícolas passarão a vir de fora do Estado e contaminados do mesmo jeito. Senhores deputados, pensem um pouco mais, busquem assessorias em condições de lhes dar uma orientação mais seguras para um trabalho mais eficiente. Este tipo de medida precisa ser promovido nacionalmente. Convoque os deputados Federais e Senadores do Estado a encamparem esta ideia que é muito boa. De qualquer maneira, parabéns pelo pontapé inicial e evite a intempestividade. Levante esta bandeira com uma visão bem segura, porque ela é importante, sim.