Projeto quer proibir que motorista acumule função de cobrador na Bahia

por Carlos Britto // 13 de outubro de 2024 às 11:59

(Foto: Ilustração)

A Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) vai analisar um projeto de lei que pode alterar a dinâmica do transporte público na Bahia. A proposta, do deputado Samuel Junior (Republicanos), proíbe que motoristas acumulem a função de cobrador nos ônibus, visando aumentar a segurança dos passageiros e melhorar as condições de trabalho dos profissionais.

As empresas que permitirem essa acumulação poderão ser multadas em 50 salários-mínimos por veículo flagrado. Além disso, outras sanções previstas na legislação poderão ser aplicadas, reforçando a necessidade de fiscalização. Órgãos municipais e estaduais de trânsito, assim como entidades de defesa do consumidor, serão responsáveis por garantir o cumprimento da medida.

As empresas terão 60 dias, a partir da publicação da lei, para se adequarem às novas exigências. Ao justificar a proposta, Samuel Junior ressaltou que a acumulação das funções compromete a segurança dos passageiros e a qualidade do serviço. “Quando o motorista se distrai com atividades de cobrança, sua capacidade de reagir a situações adversas é severamente reduzida, colocando em risco passageiros, pedestres e outros motoristas”.

O deputado também destacou o impacto na saúde mental e física dos trabalhadores, que podem sofrer estresse e fadiga devido à dupla função. Segundo ele, estudos apontam que a multitarefa em ambientes de alta responsabilidade, como o trânsito, aumenta a probabilidade de acidentes. Para Samuel Junior, o projeto promoverá um transporte público mais seguro, eficiente e humanizado, em conformidade com as melhores práticas de mobilidade urbana. “Profissionais sobrecarregados tendem a apresentar um desempenho inferior, o que afeta a qualidade do serviço e a satisfação dos usuários”, concluiu ele. As informações são da ALBA.

Projeto quer proibir que motorista acumule função de cobrador na Bahia

  1. Defensor da liberdade disse:

    Lei da idiotice, desde a década de 90 vários países já largaram isso, o Brasil em 2024 ao invés de investir em tecnologia, investe em manter o status quo.

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