Se de um lado a Polícia Civil de Pernambuco mantém silêncio sobre o assassinato da menina Beatriz Mota, por outro o Ministério Público continua se manifestando acerca das investigações. Em entrevista concedida à Rádio Jornal nesta sexta-feira (6), o promotor que acompanha o caso, Carlan Carlo da Silva, voltou a se pronunciar.
Desta vez, o representante do MPPE decidiu esclarecer uma declaração recente, na qual o mesmo afirmou que o crime teria motivação religiosa.
A declaração ganhou repercussão e o promotor decidiu vir a público para esclarecer que, na verdade, a motivação religiosa sempre foi apenas mais uma das linhas de investigação adotadas pelas autoridades.
“Quando eu falo ‘motivação religiosa’, não digo uma guerra entre religiões ou um atentado contra uma religião específica como a católica. O que eu digo é que isso sempre foi uma das linhas de investigação, tendo em vista o local do crime e as circunstâncias em que a vítima foi encontrada. Esta sempre foi uma linha de investigação, mas sem abandoar as demais”, disse.
Linhas de investigações
Para o promotor, somente com o decorrer das investigações as autoridades poderão excluir outras hipóteses que continuam sendo investigadas para se chegar à autoria do crime.
“Motivações pessoais que podem acontecer isso não pode ser abandonado, porque a qualquer momento pode surgir um fato novo. Pode ser magia negra. Logicamente, é uma das linhas que continua em investigação, mas não significa que é a única ou a que vai ser confirmada”, explicou o promotor.
Ciência nas investigações
O promotor explicou ainda que as críticas direcionadas às investigações não dizem respeito aos profissionais envolvidos no caso, mas sim ao modelo de investigação, que segundo ele, não valoriza a ciência.
“As críticas do Ministério Público não são a pessoas específicas, mas sim ao nosso modelo de investigação, que não prioriza a ciência para a solução cotidiana dos demais crimes. Isso gera uma falta de experiência. O fato do brasileiro não respeitar a cena de um crime diz respeito à falta de consciência da população, que vê todo dia um crime acontecendo na porta de sua casa e não vê método científico sendo utilizado para resolver aquele crime. Guardamos a polícia científica para casos emblemáticos, mas isso deveria ser prática diária”, explicou Carlan.
Não podemos deixar que fique de graça, quem fez isso tem que pagar e caro, vamos pressionar, vamos cobrar. Eu vou enviar uma carta ao secretário de segurança pública do estado pedindo maior empenho, do mesmo jeito vou enviar ao ministro da justiça, ao fantástico e ao programa cidade alerta, vou enviar pelos correios e vou enviar e-mail, ……… Isso não pode ficar de graça. No dia havia cerca de 3 mil pessoas, no mínimo havia uns mil telefones com câmara, com certeza o assassino ou a assassina ou os assassinos tiveram imagem capturada. Povo que estava lá, por favor colaborem, pois tem pelo menos um monstro livre e com chance de repetir o que fez.
As investigações estão paradas a muito tempo. Se estivessem investigando ja teriam descobrido. Era só quebrar o sigilo telefônico dos cinco suspeitos.
Uma única palavra se resume tudo ( incompetência),ministério público,policia civil.
Não foi adulto que fez isso.