A revitalização é a solução para que o Rio São Francisco, um dos mais importantes cursos d’água do Brasil e da América do Sul, continue vivo. Apesar de ser consenso entre os entes federados (Estados e União), muitos passos ainda precisam ser dados para o implemento de ações. Atento à emergência, o Governo da Bahia formou um Grupo de Trabalho (GT) pelo São Francisco, coordenado pela Casa Civil do Estado, e o resultado de um planejamento minucioso foi apresentado ao governo federal, que realiza a análise do material.
A Bacia do Rio São Francisco possui 48% da área em território baiano e aguarda definição do valor de recursos federais que serão aplicados no Estado. As ações propostas totalizam R$ 1,2 bilhão, com previsão de implementação até 2026, em curto, médio e longo prazo. A expectativa é que o governo federal inclua o planejamento do Estado no programa de revitalização, rebatizado como ‘Novo Chico’.
Ao explicar o trabalho do GT, o representante do Governo do Estado em Brasília, Jonas Paulo, reforça o protagonismo baiano em levar ao conhecimento federal todo o planejamento que envolve diferentes eixos, a exemplo de Saneamento e Controle da Poluição, Gestão das Águas, Economias Sustentáveis, Proteção de Recursos Naturais e Planejamento e Monitoramento. “A Bahia é responsável por 28% das águas do São Francisco e tem o maior reservatório, que é Sobradinho. Tomamos a iniciativa porque temos uma responsabilidade enorme com o rio e com a população que dele sobrevive”, afirma Jonas Paulo.
Um dos destaques apontados pelo plano baiano é a situação crítica das bacias dos Rios Corrente e Paramirim, que abastecem o Velho Chico. O representante da Bahia em Brasília pontua que “sem afluentes, o Velho Chico seca”. O anúncio federal sobre a revitalização na Bahia e demais Estados banhados pelo rio está previsto para o fim deste mês.