As tradicionais fogueiras e queimas de fogos de artifício, uma das tradições mais marcantes do período junino, se intensificam nos dias 23 e 24 – respectivamente véspera e comemorações de São João, e no dia 29 (São Pedro) -, o que aumenta o risco de acidentes envolvendo crianças e adultos. A explosão de uma barraca que comercializava artefatos juninos no Centro de Petrolina, na última terça (20), serviu para reforçar essa preocupação.
Por isso, a Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina (UPAE) e o Hospital Dom Malan (HDM) fazem um alerta, já que prevenção nunca é demais. Para curtir as festas populares mais tradicionais do Nordeste sem riscos é preciso tomar alguns cuidados, pois o manuseio errado dos fogos de artifício e fogueiras podem causar ferimentos graves. Saber utilizar esses materiais com segurança pode fazer toda a diferença.
É preciso ter atenção redobrada com as crianças, não permitindo o uso de fogos de grande efeito explosivo e mantendo sempre a supervisão de um adulto. Também não é recomendado o uso de bebidas alcoólicas durante essas atividades.
Com relação às fogueiras é preciso saber que elas não devem ter mais de um metro de altura e que não se pode jogar combustível direto nas brasas. Para apagar a fogueira também é preciso ter atenção. O recomendável é que ela seja apagada ainda à noite, jogando-se um balde de água por cima das chamas. As brasas ainda acesas no outro dia podem provocar queimadura de até 3º grau.
Caso ocorra o acidente é preciso estar ciente de que não se deve colocar manteiga, pasta de dente, clara de ovos café, ou qualquer outra substância sobre o ferimento. A única coisa que deve ser feita em casa é resfriar o local atingido em água corrente e procurar o serviço de saúde de referência – no caso da Rede PEBA, o Hospital Regional de Juazeiro (HRJ).
“Recomenda-se após lavar em água corrente envolver em um pano limpo, mas devemos ter cuidado, pois o pano pode aderir à pele. As queimaduras de 1º grau costumam cicatrizar normalmente, sem precisar de maiores cuidados. Já as de 2º e 3º grau são mais preocupantes, pois podem atingir camadas mais profundas, alcançando nervos e vasos. Por isso, é sempre interessante procurar atendimento médico”, orienta a pediatra do HDM/Imip, Michelle Tavera.
Bolhas
O dermatologista da UPAE, Elson Marques, ainda acrescenta que se houver formação de bolhas elas não devem ser estouradas, pois servem de curativo biológico. “Geralmente, é necessário o uso de um medicamento específico para que a lesão não infeccione, piorando o quadro. Durante a cicatrização é preciso usar o filtro solar para evitar o surgimento de manchas. No mais, é aproveitar as festas juninas e curtir com responsabilidade e moderação”, recomenda. (Com informações da Assessoria)