A informação de que setores do PT defendem a retirada do comando da Chesf das mãos do PSB não foram bem digeridas pelos socialistas. Líder do PSB na Câmara Federal e uma das principais vozes a defender a candidatura do partido ao Palácio do Planalto no próximo ano, o deputado federal Beto Albuquerque (foto) afirmou ter estranhado rumores de que alguns petistas defendem a entrega dos cargos.
Segundo ele, “tem muita gente com pressa, muita gente querendo briga e querendo cargo no PT”. Para o socialista, as intrigas fazem parte de setores do PT que almejam uma indicação ao órgão, que tem estrutura mais visada do que alguns ministérios.
O socialista lembrou que o PSB não está no governo por acaso. Segundo ele mesmo enfatizou, o partido elegeu seis governadores e também ajudou no processo de eleição da presidente Dilma Rousseff (PT). De acordo com o parlamentar, o PSB não está discutindo eleição no momento, por isso não há motivos para tanta pressa de deixar as hostes governistas.
“Nós não somos um partido fisiológico. Não se precipitem aqueles que são fisiológicos. Estamos no governo para ajudar o governo. No momento em que o PSB decidir pela candidatura, a presidente estará à vontade. Não tem pressa nessas decisões”, pontuou.
PSB fora da Chesf
Ontem (8), a coluna da jornalista Mônica Bérgamo, do jornal Folha de São Paulo, divulgou a informação de que setores do PT defendem que o PSB deixe os cargos na Companhia, que tem um patrimônio de R$ 16,8 bilhões e receita líquida de R$ 5,6 bilhões. O comando da Chesf, inclusive, seria mais interessante do que os demais ministérios comandados pelos socialistas, como Integração Nacional e Secretaria Especial dos Portos.
O órgão está sob o comando do PSB desde 2003, quando o governador Eduardo Campos – presidente nacional do partido – indicou Dilton Oliveira para a presidência. No final de 2011, o posto foi renovado com João Bosco Almeida, então presidente da Compesa.
Procurado pela Folha de São Paulo, João Bosco disse que o assunto não passa de mera especulação e que não tinha nenhuma informação concreta sobre o fato. “Se alguém falou, não sei quem foi, não tenho conhecimento de qual foi a fonte e não creio que isso seja verdade. Isso não é uma discussão que cabe a mim. Estou lá indicado pelo partido, fui aceito pelo governo e ficar ou não ficar não passa pela minha opinião. Sou um quadro técnico, vamos trabalhar de acordo com a orientação do partido”, explicou João Bosco. (Fonte/foto: Folha de Pernambuco)
O interesse pela CHESF é claro! Projetos de energia envolvem dinheiro, contratos, verbas e isso desperta o interesse de políticos! Ninguém se interessa por exemplo por ecologia ou cultura pois normalmente esses setores nos governos sejam federais, estaduais ou municipais não geram interesse.