O senador e pré-candidato ao Governo de Pernambuco, Armando Monteiro Neto (PTB), tem boas razões para continuar sonhando com o apoio do PT estadual a seu nome.

Embora a legenda não descarte uma candidatura própria, é bem possível que os petistas encabecem uma majoritária com Armando.

Historicamente o PT costuma deliberar um assunto desse porte com todas as suas correntes. E muitos embates internos costumam surgir de tais discussões. Não será diferente agora. Mas há, sim, uma diferença nos meios, não nos fins.

Se optar por apresentar um candidato na disputa ao palácio em outubro, o PT pode facilitar a vida do presidenciável Eduardo Campos, líder maior do PSB. Como? Simples. O palanque vai se dividir, com Armando de um lado e o candidato petista de outro.

Neste cenário, o candidato socialista de Eduardo – o qual ainda vem sendo mantido em suspense – teria chances aumentadas de uma vitória, já que os votos seriam “pulverizados”. Foi exatamente isso que aconteceu em Petrolina, na eleição municipal de 2012, quando os até então aliados na Frente Popular, Fernando Filho (PSB) e Odacy Amorim (PT), disputaram a prefeitura municipal contra Julio Lossio (PMDB), que acabou levando a melhor.

Caso o PT pernambucano decida ouvir a recomendação do ex-presidente Lula e da atual, Dilma Rousseff, e reforce o palanque de Armando, o partido teria chances maiores de êxito nas eleições de outubro porque o confronto ficaria polarizado.

Uma das principais lideranças petistas no estado, senador Humberto Costa (foto) – que estará em Petrolina nesta segunda-feira (17) para a posse do novo titular da 3ª SR Codevasf, João Bosco Alencar – poderá dar uma pista disso. Ou não.