As últimas decisões da prefeita de Serra Talhada, no Pajeú, Márcia Conrado (PT), têm causado tensão nos integrantes do partido. A prefeita exonerou nesta semana diversos secretários e isso não agradou em nada os aliados. O ex-prefeito da cidade e peça fundamental na eleição de Márcia, Luciano Duque, chegou a agradecer aos nomes que saíram do governo e disse que a decisão era “prerrogativa da prefeita”.
As canetadas da líder petista desagradaram também a presidente municipal da legenda, Cleonice Maria, que disse, em programa de rádio, que levará a postura da gestora para avaliação do diretório estadual.
Segundo Cleonice, a mudança de postura da prefeita começou após o segundo turno das eleições para o governo de Pernambuco, quando ela decidiu ir contra a orientação do partido e apoiar a candidata governadora eleita do PSDB, Raquel Lyra.
“No primeiro turno, a minha companheira Márcia Conrado disse que apoiava Danilo Cabral (PSB) por orientação do partido. No segundo turno, o partido orientou apoiar Marília, mas ela foi apoiar Raquel Lyra”, disse, ressaltando que se o motivo das exonerações for pelo apoio à Marília adotado pelos ex-secretários no segundo turno, esta justificativa não se sustenta.
Apesar do ruído interno e da insatisfação coletiva, a presidente fez questão de salientar que não pretende abrir mão do nome de Márcia para as próximas eleições municipais: “Ela tem tido esse comportamento diferente do que a gente estava acostumado; mas a gente não avalia isso como uma postura de que a gente vai sair com outra candidatura, de forma alguma. Ela continua conosco, enquanto ela estiver nos nossos quadros, no nosso partido, ela vai continuar tendo o apoio do PT”, finalizou. Enquanto isso, Conrado ainda não emitiu nota oficial sobre o assunto que fervilha.