A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, afirmou que o PSDB, partido do qual faz parte, vive momento de “reflexão profunda” e que legenda deve pensar na própria identidade e futuro. A declaração foi dada durante entrevista à CNN, que foi ao ar neste sábado (27), ao ser questionada sobre a saída de tradicionais tucanos.
“O PSDB passa por um momento de reflexão profunda sobre seu presente e seu futuro. Penso que precisa estar muito ancorado sobre suas próprias gestões para poder mostrar ao Brasil o que pode fazer de diferença. Vive-se um momento crucial sobre quem queremos ser e com quem queremos nos aliar”, pontuou a governadora, uma das três do PSDB atualmente no cargo, junto a Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, e Eduardo Riedel, do Mato Grosso do Sul.
Ainda defendeu que o partido deve assumir uma “postura de independência em relação ao governo federal”, e que o PSDB estará presente com 50 candidaturas durante as eleições municipais em Pernambuco, mas que estará junto a qualquer prefeito eleito nos municípios do Estado.
“Conseguimos montar comissões nos territórios dos 184 municípios, ancorado muito na busca de um movimento de mudança na forma de fazer a gestão e na forma de fazer política”, disse.
A gestora falou em “alinhamento institucional” com o governo Lula (PT), a fim de permitir obras estruturantes no Estado, como a ferrovia Transnordestina, e que volte a ter espaço de protagonismo no Nordeste, perdido “na era pós-Eduardo Campos (PSB), nas palavras dela.
“Sempre defendi, desde que disputei as eleições e depois, eleita governadora, que o partido tivesse uma postura de independência (do Governo Lula), especialmente neste momento de construção de consensos. Continuo defendendo independência em relação ao governo federal”, salientou.
De mudança?
Ainda, negou o rumor de que trocaria de partido e falou em reeleição em 2026. ““Eu não sou candidata a nada em 2024, eu posso ser reeleita em 2026. Mas para os enfrentamentos que existem, precisamos ter um cuidado com a gestão”, comentou.
Perguntada se acha que sofre violência de gênero na política, a governadora assentiu e defendeu, inclusive, cotas no legislativo para as deputadas mulheres, a fim de tornar a Assembleia Legislativa (Alepe) e o Congresso mais igualitários.
“Quem comanda a política no Brasil são os homens. As coisas são discutidas e decididas para além da mesa que a gente senta. Estamos buscando trabalhar para nos inserirmos. Sou mulher e sei que tem muitas políticas em Pernambuco sendo discutidas porque sou mulher. Em Pernambuco tem muito poucas deputadas, prefeitas e vereadoras, e no Brasil é igual”, comparou. (Fonte: JC)
Srs leitores.Essa agremiação partidária, no meu humilde entender, já nasceu em São Paulo,com dias de vida pública, contados. É resultado de dissidência dos insatisfeitos do PMDB, há mais de 30 anos, com saudosos Orestes Quercia, Mário Covas, também com FHC e Geraldo Alkimin entre outras personalidades da política regional e nacional. E, como não temos uma legislação política partidária forte, vivenciamos a todos os segundos antecedem pleito eleitoral, esse debate sobre. Requer uma verdadeira reforma política partidária. Se filiou, tem que passar no mínimo 20 anos no partido. Entre outras mudanças.