O início do recesso parlamentar do meio do ano na Câmara Municipal de Petrolina, já a partir desta semana, rendeu mais uma troca de farpas entre o líder da bancada de oposição, vereador Professor Gilmar Santos (PT), e o presidente da Mesa Diretora, vereador Aero Cruz (MDB) na sessão plenária de ontem (11).

Incomodado, Professor Gilmar afirmou que a decisão da presidência da Casa “atinge frontalmente a dignidade da população de Petrolina, que diante de tantos problemas clama pela atuação dos vereadores”. O líder oposicionista lembrou que as sessões plenárias do primeiro semestre de 2024 já começaram atrasadas, no dia 20 de fevereiro, após um recesso iniciando na primeira quinzena de dezembro do ano passado.

“Nós teremos, agora, um recesso de 50 dias, aproximadamente”, afirmou. Gilmar lembrou ainda que, mesmo os trabalhos da Casa Plínio Amorim continuando internamente, ele disse que é uma obrigação dos vereadores trabalhar em seus gabinetes e nas sessões semanais. O líder da oposição citou ainda que teve sessão na Casa durando nove minutos, e outra com apenas seis. O vereador lembrou também que a decisão fere, inclusive, o Regimento Interno, o qual determina que as sessões semanais do primeiro semestre vão até 30 de junho. Toda a bancada de oposição, mesmo sendo voto vencido, optou pelas sessões até o final do mês.

O presidente da Mesa, Aero Cruz, não deixou barato os comentários do oposicionista e partiu para o contra-ataque. Ele voltou a dizer que o colega de Legislativo “usa a tribuna da Casa como palanque político, porque não tem o que mostrar”, uma vez que o trabalho mais importante dos vereadores se faz junto à população, e não usando um microfone.  Aero lembrou que suas decisões na Casa sempre se baseiam no Regimento Interno e na Lei Orgânica, e seu trabalho é respaldado pela ampla maioria dos pares. “Por que o vereador não reclamou (do recesso parlamentar) no ano em que não teve eleição?”, completou.