Na primeira polêmica do ano na Casa Plínio Amorim, ocorrida ontem (6) durante a reabertura dos trabalhos plenários deste ano, o vereador oposicionista Gabriel Menezes (PSL) minimizou as críticas desferidas pelo integrante da bancada governista, Ronaldo Cancão (PTB). Gabriel cobrou do Executivo, por meio de requerimento, informações acerca do replantio de mudas da mata ciliar às margens do Rio São Francisco, como parte do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) em Petrolina.
O oposicionista – que questionou ainda o fato de a placa indicativa do PRAD ter sido colocada num ponto discreto na orla, sem o devido alcance da maioria das pessoas – disse ser “no mínimo estranho” o investimento de R$ 845.952,00 por 5,5 mil mudas. Ao calcular esse valor, Gabriel afirmou que cada muda saía por R$ 153,00. A este Blog, Gabriel ratificou que a placa não constava informações além daquelas referentes ao replantio das mudas
O requerimento, no entanto, foi reprovado mais uma vez pela base do prefeito Miguel Coelho (PSB), que detém maioria na Casa. O oposicionista, que recebeu o apoio de sua colega de bancada Cristina Costa (PT), disse que continuará “cumprindo seu papel”, mas deixou claro que agora cobrará informações via Ministério Público de Pernambuco (MPPE), já que não as recebe da atual administração. Sobre ter sido tachado de “cafajeste” por Ronaldo Cancão, o vereador se disse tranquilo.
“Eu adoro quando Ronaldo Cancão me chama dessa forma, porque a gente já sabe que ele defende o grupo do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB). Então, as pessoas de Petrolina conhecendo seu caráter, isso é um indicador de que estou no caminho certo. Ele já tinha me chamado de ‘bobão’ na confraternização da Câmara de Vereadores porque não fui. Não vi clima pra isso. É melhor ser bobão do que ‘babão’”, alfinetou.
Resposta
Cancão disse, logo depois, à imprensa, que o termo ‘cafajeste’ não foi para Gabriel, mas para sua postura na Casa. Ele ratificou, no entanto, que o oposicionista faz denúncias inverídicas para “tentar se promover, faltando com o respeito”. Sobre o PRAD, Cancão justificou que o programa executado pela atual gestão, batizado de ‘Real Verde’ (Lei n° 2.781/2015), na verdade foi criado no Governo Julio Lossio.
O governista deixou claro que os mais de R$ 845 mil citados por Gabriel são fruto de um convênio da gestão passada, o qual foi suspenso devido a investigações do Ministério Público Federal (MPF), indo parar na Justiça Federal. Para evitar que o prazo do convênio expirasse, o atual prefeito envidou esforços para concluir o PRAD, que de fato inclui o reflorestamento da mata ciliar. Mas Cancão deixou claro que o plano não prevê financiamento de mudas.
O vereador disse ainda que esse valor incluiu uma série de itens, entre eles a colocação de cercas no local a ser recuperado, que custaram R$ 175 mil. Todas as informações, segundo Cancão, foram repassadas ao oposicionista. “A Casa do Povo é a casa da transparência, mas não é a casa da mentira. Que ele (Gabriel) procure se policiar mais”, rebateu Cancão.
PARABÉNS VEREADOR GABRIEL MENEZES VOCE ESTAR REPRESENTADO O POVO… COBRE SEMPRE DESSE GOVERNO EXPLICAÇÕES, PORQUE NÃO ENTENDO SE NAO TEM NADA DE ERRADO REPROVARAM O REQUERIMENTO. CANCÃO PASSOU 8 ANOS ZUADANDO NESSA CAMARA DE VEREADORES AGORA QUER DAR UMA DE EDUCADO. PORQUE SERÁ QUE CANCÃO ESTA QUIETO ACEITANDO TUDO DE UM GOVERNO QUE CAIU BASTANTE NA TRANSPARÊNCIA??????