Dos 1.013 reeducandos que se inscreveram, em Pernambuco, no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para as pessoas privadas de liberdade, 312 concorreram a vagas nas universidades. De acordo com a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) – vinculada à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) -, a maior nota veio da Penitenciária Dr.Edvaldo Gomes (PDEG), em Petrolina, de um reeducando da unidade. Ele tirou 683,2 e se inscreveu no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), em Matemática. Vai cursar na Universidade do Vale do São Francisco (Univasf). O número de inscritos teve um aumento de 20% no estado, com relação a 2017, que contabilizou 869.
Ele se preparou por um período de quatro meses, na escola estadual Bento XVI, que funciona dentro da própria penitenciária. “Já iniciei um curso de Engenharia, mas não conclui. Só que, agora, pretendo seguir a área da Matemática e me tornar professor”, explicou.
O reeducando vai estudar monitorado com tornozeleira eletrônica, e, todo o dia, após as aulas, retorna para a unidade, assim como outros do semiaberto que fazem curso superior e cumprem pena na mesma penitenciária.
De acordo com o supervisor pedagógico da penitenciária, Nysley Alberto de Oliveira, o reeducando destaque no Enem para privados de liberdade é muito interessado pelos estudos. “Ele participa do Programa de Remição de Pena pela Leitura, desenvolvido pela Seres, e tem um bom rendimento. Além disso trabalha fora da unidade“, ressalta.
Ele vai cursar Matemática na UNIVASF? Não entendi.