O convite da Câmara de Vereadores de Juazeiro ao Reitor da Univasf, José Weber Macedo, para uma sessão especial parece não ter sido estendido à comunidade estudantil ou não despertou tanto interesse.
A reunião foi marcada para discutir a adoção do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), em substituição ao vestibular tradicional e a implementação de cotas, mas compareceram apenas os vereadores e poucos convidados, que não refletiam de forma alguma os interessados no debate.
A todo momento os vereadores defenderam a regionalização das vagas, que segundo os argumentos ficarão cada vez mais escassas para os alunos da região do vale com esse novo modelo. O vereador Nilson Alves (PTB) criticou a forma apressada como o ENEM foi implantado. “Como os alunos irão se preparar adequadamente se ainda desconhecem os conteúdos da provas? Até os livros didáticos utilizados pelos alunos ainda apresentam os conteúdos antigos, ressaltou Nilson.
O Reitor respondeu todos os questionamentos colocados pelos vereadores e alegou que essa decisão já foi tomada e que foi respaldada pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e por várias outras organizações cientificas. Weber alegou que por uma questão operacional a universidade atualmente não tem condições de realizar a seleção em duas fases por isso a decisão do ENEM ser única opção para o ingresso na universidade.
As dúvidas e o desconhecimento por parte de todos ainda são bastantes evidentes. A Câmara deve realizar em breve novos eventos para aprofundar as
discussões sobre esses temas.
Foi-se o tempo em que universitário era sinônimo de inquietação e mobilização em prol do coletivo. HOje cada um está mais preocupado é com o próprio umbigo…
Estive na reunião e vi o reitor da Univasf acusar os vereadores de “bairristas’ por defenderem segurança das vagas para os alunos da nossa região. Isso ele faz, porque veio do Espírito Santo, caiu aqui de paraquedas e não se importa com o grau de importância que a universidade tem para o crescimento da nossa juventude na região. Não podemos nos calar diante dessa ditadura. O reitor terminou a noite com a frase: “a decisão está tomada.” Precisamos lembrar ao ‘magnífico’ que a Univasf não pertence a ele; pertence ao povo do Vale do São Francisco. Não adianta criar o discurso de que “a ordem veio do Ministério”, pois sabemos que, nesse primeiro momento, todas as universidades são autônomas para decidirem a adesão imediata ou não.
A UNE não passa de um braço do PT. Peleguistas.