MEC estuda romper contrato após novas denúncias de fraude no Enem

por Carlos Britto // 03 de outubro de 2009 às 10:29

EnemO Ministério da Educação (MEC) recebeu novas denúncias de tentativa de fraude no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e estuda romper o contrato com a empresa responsável pela prova. Aplicadores do exame na Grande São Paulo e em Salvador teriam guardado as provas em casa – uma falha de segurança considerada de extrema gravidade. Apesar disso, o MEC mantém, até agora, a intenção de fazer a prova em novembro.

Nesta semana, questões da prova vazaram e o ministério resolveu adiar a prova. No caso de suspensão do contrato, o Enem seria feito com os recursos do Inep e de empresas públicas, como os Correios e as Forças Armadas.

A direção do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) cobrou explicações do consórcio Connasel, responsável pela organização do exame. O consórcio, único a participar da licitação para realizar a prova, é formado por três empresas, todas com experiência na área de concursos públicos ou vestibulares.

As provas do Enem, que seriam aplicadas neste fim de semana, foram impressas na gráfica Plural, em São Paulo, que já negou envolvimento com a fraude. A diretora do consórcio Connasel não reconheceu que tenha ocorrido falha de segurança na preparação das provas, mas admitiu que o processo terá que ser aperfeiçoado.

“Posso assegurar que todos os critérios de segurança possíveis e estabelecidos pelo Inep/MEC e introduzidos como acréscimo pela nossa prática, foram executados”, disse Itana Marques Silva, presidente do Connasel.

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