A Associação de Pescadores e Pescadoras de Remanso, no norte da Bahia, irá promover o ato “O Nosso Pescado é Saudável”, na próxima segunda-feira (4), em alusão ao Dia de São Francisco de Assis. Outras entidades também participarão do ato. A iniciativa surgiu após os trabalhadores do segmento registrarem prejuízos na cadeia produtiva por conta do receio da população com a doença de Haff (conhecida como “doença da urina preta”).
O ato tem como objetivo esclarecer para a população em geral a qualidade e segurança do pescado da região.
A mobilização terá início às 9h, na sede da Universidade Aberta do Brasil (UAB). Representantes das secretarias municipais de Saúde e de Aquicultura de Remanso, assim como do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) e do Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP) estarão presentes para uma roda de conversa destinada aos pescadores/as, compradores de peixe, consumidores e população em geral. Dando continuidade ao ato, das 12h às 14h haverá uma degustação de pescados na Praça Manoel Firmo Ribeiro.
A doença de Haff
Trata-se de uma síndrome que causa ruptura das fibras musculares caracterizada por sintomas como dor muscular, falta de ar, perda de força no corpo e urina da cor de café. As ocorrências registradas estão associadas à ingestão de pescados, como o olho-de-boi e badejo. Este ano, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia confirmou 13 casos da doença no Estado, todos eles registrados na capital e região metropolitana.
A presidente da Associações de Pescadores e Pescadoras, Lucília Freitas, explica que a realização do ato é uma forma que a categoria encontrou para chamar a atenção dos órgãos públicos para a situação quase desesperadora dos/as trabalhadores/as que estão sem poder exercer sua atividade. Freitas comenta que informações falsas sobre a doença de Haff que estão circulando nas redes sociais têm afetado a pesca e o consumo do pescado no município.