O recente anúncio do acordo referente à renegociação de até 95% de desconto nas dívidas do K1 – taxa cobrada pelo uso da água e da infraestrutura dos perímetros irrigados do Vale do São Francisco -, não foi suficiente para tranquilizar os pequenos produtores de Petrolina. O assunto acabou se transformando em controvérsia durante a sessão plenária de ontem (16), na Casa Plínio Amorim, após uma moção de aplausos apresentada pelo vereador Ibamar Fernandes (PRTB) a lideranças políticas da cidade, que batalharam pelo acordo.
Um dos representantes da área irrigada na Câmara Municipal, o vereador Elias Jardim (PHS/foto) enalteceu a medida, mas fez ressalvas. Ele argumentou que a compreensão dos produtores locais era de que após a renegociação das dívidas, eles ficariam isentos da taxa do K1. Pelo menos foi isso que deixaram a entender o ministro da Integração Nacional Hélder Barbalho e a presidente da Codevasf, Kênia Marcelino, na última segunda-feira (13), quando visitaram a cidade para dar a notícia. Mas na prática, Elias disse que a história não é bem essa.
“Os produtores acreditaram que, quando renegociassem o K1, ficariam isentos da taxa”, afirmou. Aliado do deputado federal Guilherme Coelho (PSDB), o vereador Ronaldo Silva (PSDB) confirmou que o K1 não deixará de existir, mesmo após os produtores cumprirem o acordo. O colono do Perímetro Maria Tereza (KM-25), Francisco de Assis Pereira, disse que o dia “mais feliz da vida dos produtores” passou a ser o mais triste, porque descobriram que apesar da renegociação, não ficarão livres da taxa. “Se a gente vai pagar e continuar com essa conta, então é como se a gente não tivesse obtido nenhum sucesso”, lamentou.
Senador
Por telefone, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) assegurou que as dívidas vencidas do K1 no Perímetro Senador Nilo Coelho abrangem todos os produtores, porque o prazo para quitarem suas pendências – em torno de 25 anos – já venceu. Ou seja, estes vão se livrar do K1 após a renegociação. Mas no caso do Maria Tereza, segundo FBC, o valor das dívidas não é o total. Mas o parlamentar sertanejo acredita que essa polêmica é desnecessária nesse momento. “O importante é o pessoal aderir ao acordo e liquidar (as dívidas). Aí, depois de liquidar, você vai ver quem ainda restou. E vai ficar claro que o K1 ficará para aqueles que não tiveram todo o débito vencido, porque não se pode dar redução daquilo que não está vencido ou renegociado”, pontuou. Em relação à moção de aplausos, os vereadores Cristina Costa e Professor Gilmar Santos (ambos do PT), se abstiveram de votar.
Vem cá: Os produtores não querem pagar a água que consomem não, é? Engraçadinhos não! Recebem o perdão das dívidas pelo consumo de água, empréstimos bancários e querem que os outros arquem com as consequências dessa irresponsabilidade.
Depois falam do bolsa família, esse perdão aí é o quê? Bolsa produtor.
Enquanto o bolsa família retorna via comércio, essa bolsa produtor não dá retorno nenhum é um verdadeiro prejuízo para a Nação.
É Maria, nos projetos a maioria das águas usadas não passa pelo o hidrômetro, e sem contar que mais de 70% do consumo das águas do velho chico pertence aos projetos.
Polêmica mais que necessária, afinal nós contribuintes vamos pagar por uma dívida que não é nossa! Por isso que país vive na miséria, uns engraçadinhos dão calote e o povo é chamado para “socializar” os custos! E ainda tem pelego que aplaude e acha bonito!