Aborrecido com a falta de quórum na sessão plenária de ontem (18) no Senado Federal, que deveria analisar o veto da presidente Dilma Rousseff à criação de novos municípios brasileiros, o representante da comissão pró-emancipação de Izacolândia, Júlio César Monteiro, escreveu ao Blog. E, em tom de desabafo, fala sobre a “manobra” dos parlamentares.

Confiram:

Venho expor minha indignação a respeito do veto e nesse momento sou a voz que representa o sentimento de todos, que há muito vêm lutando para desenvolver seus distritos e alavancar o desenvolvimento do país. Sabemos das manobras e influência que poderão impor a manutenção do veto por parte do governo.

Mas podemos garantir que, em pleno ano eleitoral, o governo dá um tiro no pé, pois uma coisa é uma disputa eleitoral acirrada com outros partidos, outrossim a disputa com quem realmente ostenta um mandato executivo para o comando do país, o povo a sociedade civil diretamente envolvida no processo, que são milhares pelo país afora. Esses, sim, são capazes de mostrar que neste país democrático quem manda é o povo, e nossa expressão popular vai alardear derrotas para quem retirou da sociedade civil o direito a liberdade de viver em situações dignas.

Tal atitude incide na manutenção das grandes roubalheiras do país, pois com as novas cidades o governo teria a obrigatoriedade de distribuir melhor os recursos oriundos dos fundos constitucionais. Com a manutenção do veto, estaremos submetidos ao acaso dos Mensalões, mensalinhos e outros meios de usufruir do bem público, que é do povo.

Quem tem enxada, tem também o título de eleitor, e este é uma arma que o pobre tem para minimizar as forças de quem está no poder.

Júlio César Monteiro/Comissão Pró-Emancipação de Izacolândia