Presidente em exercício do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE), Rafael Cavalcanti fez elogios moderados às instalações da nova sede do Instituto Médico legal (IML) em Petrolina, inaugurado ontem (4) pelo secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, após quase um ano de obras. “Antes tarde do que nunca”, afirmou.

Rafael, que esteve na cidade há 20 dias, afirmou que o novo prédio está “a contento”, mas ele lembrou ter sido necessário o Sinpol-PE expor as condições precárias as quais os policiais civis estavam submetidos. “As denúncias contra o IML daqui, o sindicato começou a fazer em 2015. Chegamos inclusive a expor que vísceras humanas estavam sendo jogadas no esgoto. Daí fomos ao Ministério Público do Trabalho, ao Ministério Público e ao Poder Judiciário para que essa reforma começasse”, lembrou.

O representante do Sinpol-PE afirmou que, apesar do novo IML, a estrutura da Delegacia de Polícia Civil (PC), que fica ao lado, continua sem reforma alguma. “As melhorias que estão sendo feitas são por abnegação dos próprios policiais e doações da população. Então, não há uma responsabilidade do governo do Estado essas reformulações na estrutura da Polícia Civil como um todo”, pontuou. Rafael destacou também que as melhorias não podem ficar apenas na pá e cal. Segundo ele, é necessário o governo contratar pessoal para trabalhar na unidade de Petrolina, uma vez que a quantidade ainda não é a ideal.

“Temos um déficit de quase 50% na Polícia Civil. Éramos para ter, em 2015, 10.500 policiais. Hoje nós temos 5.300. Então, estamos muito longe do mínimo ideal para trabalhar”, completou.