As obras de transposição do rio São Francisco, trecho entre os municípios de Cabrobó e Salgueiro, estão paralisadas desde ontem (7).
Representantes da Central Ùnica dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE), denunciam que as 300 famílias oriundas de assentamentos de terras instaladas em conjunto habitacional do governo se encontram com apenas 30% de condições de moradia. O clima é de indignação. Homens, mulheres e adolescentes reclamam que o Governo Federal não cumpriu com as promessas acordadas com os Sindicatos de Trabalhadores Rurais de Cabrobó, Salgueiro e Terra Nova.
Hoje (8), às 14h, no Hotel Castelinho, em Salgueiro, está marcada uma reunião entre as lideranças sindicais, políticas e representantes do governo Lula, em busca de soluções.
Responsável pela transposição, uma das principais vitrines do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o Ministério da Integração Nacional corre para entregar a maior parte do projeto em outubro de 2010, como previsto.
O governo federal admite atrasos, mas diz que a construção será acelerada. O objetivo é terminar a transposição do rio, que tem custo total de R$ 5 bilhões. O governo diz ainda que concluirá o eixo leste da transposição do São Francisco em outubro deste ano, no fim do mandato de Lula. Pelo cronograma, também será terminada parte do eixo norte, além de 18 barragens, nove aquedutos, três túneis e nove estações de bombeamento, que farão a água chegar às regiões mais altas.