Em Juazeiro (BA), a Secretaria de Saúde (Sesau) voltou a alertar para as dificuldades que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) vem enfrentando, nesta terça-feira (5), para prestar atendimento em decorrência da retenção de macas em hospitais de referência da região. O Samu dispõe de 15 macas, porém 14 estão servindo de leitos improvisados nos hospitais.
Os profissionais do Samu precisam deixar as macas, pois devido à superlotação, as unidades não dispõem de leitos para acolher os pacientes. Neste momento, a maior parte das macas está no hospital do Governo da Bahia.
“A retenção das nossas macas vem dificultando os atendimentos das ocorrências. Estamos a cada hora enviando equipes aos hospitais para tentar resgatar as macas do Samu“, afirmou o coordenador médico do Samu de Juazeiro, Franclen Rusvell. Ele destacou ainda que a Sesau vem fazendo investimentos no Samu “para atenuar os impactos da superlotação das unidades. Recentemente, foram adquiridas mais cinco macas“, revelou.
A situação está sendo comunicada ao Conselho Regional de Medicina (Cremeb), à Central de Regulação Interestadual de Leitos (CRIL) e ao Ministério Público da Bahia (MPBA).
Quando se lê uma notícia desse tipo, fica difícil acreditar na administração pública. Pelo menos de maneira geral. Um problema relativamente simples.
Simplesmente as macas servem de leitos, os corredores dos hospitas se equipara a quartos de espera. As pessoas e seus familiares encaram a dura realidade do descaso público.