O desmatamento para produção de carvão ainda afeta gravemente a região da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, aponta estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo foi encomendado pelo Ministério do Meio Ambiente, que pretende concluir até 2010 o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) da bacia.
São de Minas Gerais os cinco municípios de maior produção de carvão. Além de Minas, os pesquisadores destacam as regiões de Xique-Xique (BA) e da Chapada do Araripe, na divisa entre Ceará, Piauí e Pernambuco. “O problema aqui é a lenha usada na produção de gesso. Estão acabando com a caatinga”, diz o engenheiro florestal Lêdo Bezerra Sá, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no Semiárido, em Petrolina, que colaborou com o estudo do IBGE. O responsável pelo ZEE da região, Luis Mauro Ferreira, da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério, reconhece que o uso da lenha “é amplo”.
“O problema não ocorre só no norte de Minas, para consumo em siderúrgicas e olarias. No resto da bacia, é a única fonte de energia”, diz. “O problema é amplo. Temos feito um trabalho de recuperação de áreas degradadas e de mudança da matriz energética. O mais difícil é fazer chegar a informação para a população local”. O estudo aponta que apenas 7 dos 506 municípios têm alguma representação do Ibama.
Sobre a questão do saneamento, Ferreira diz que foi traçado “horizonte de 20 anos” para que toda a bacia seja alcançada no Programa de Revitalização. “A área é muito grande. Estamos caminhando para a solução a até 15 quilômetros da calha principal, e o objetivo é resolver o problema de esgotamento sanitário, principal contribuinte da poluição”. A situação afeta tanto municípios mais desenvolvidos como aqueles estagnados economicamente – Brasília, Belo Horizonte, Petrolina e Juazeiro são exceções.
O IBGE destaca ainda o avanço da fruticultura (Juazeiro foi o maior produtor de manga do País, com 58% de participação) e da produção de grãos e de algodão. “O Brasil tem grande espaço para ocupar no mercado internacional e o semiárido tem muito a contribuir. É possível compatibilizar esse aproveitamento econômico para diminuir bolsões de miséria que sobrevivem”, avalia a geógrafa Adma Figueiredo, que coordenou o trabalho do IBGE.
Sobre o eventual impacto da transposição do São Francisco, ela declara: “Pode contribuir tanto para diminuir como para aumentar as desigualdades. Vai depender do rumo que se dará.” Na região, 78% da água é usada para irrigação. Adma diz que a articulação da sociedade está crescendo. “Chama a atenção o fortalecimento da sociedade civil em busca de uma virada no interior do Nordeste”.
Juazeiro maior produtor de mangas do País com 58% ,porra botou pra “F”
Lembrando que a cidade possui o 4o maior PIB agroindustrial do Brasil. Que continue assim Juazeiro!
Quem ama a vida não deveria permitir uma ação tão monstruosa como essa. Acorda políticos do Brasil! Onde vocês estão e o que estão fazendo que não prendem esses assassinos do Rio São Francisco? A alegria do Feeling um dia não poderá ser sentida por ninguém. Como produzir manga, se não haverá água.
É incrível a falta do ‘obvio’ neste país. A revitalização do Rio já virou mito enquanto a transposição continua, em ritmo lento mas continua.
Meus amigos, o Governo Lula e de Eduardo Campos é um mito, um monte de mentiras, e como dizia Josef Gobbels, um mentira dita 100 vezes, torna-se verdade! A revitalização do Velho Chico é uma dessas mentiras que já foram ditas mais 100 vezes, e na cabeça dos alienados lulistas é verdade! O problema é que são várias mentiras ditas nesses últimos anos! Se tivessemos um Estado do São Francisco que defendesse nossos interesses e nossa economia, talvez conseguissemos barrar essa famigerada transposição. Estado do São Francisco já!
Já pensou se os Mineiros fossem xenófobos como os leitores deste Blog? e quisesse as águas do Velho Chico só pra eles?