No centro da polêmica envolvendo o líder da bancada de governo na Casa Plínio Amorim, Ruy Wanderley, o vereador Rodrigo Araújo considerou apenas “um mal-entendido” o fato de Ruy ter assinado por ele um documento solicitando o adiamento da eleição da Mesa Diretora para o mês de janeiro de 2018. Apesar disso, se esquivou de fazer uma análise mais profunda sobre o assunto, que foi parar no plenário da Casa, durante sessão de ontem (21).
Além de Rodrigo e Ruy, o ofício 031/17, elaborado na última quarta-feira (20), também continha os nomes do líder oposicionista Paulo Valgueiro (PMDB) e de seus companheiros de bancada, Gabriel Menezes e Professor Gilmar Santos (PT), e dos governistas Elismar Gonçalves (PMDB) e Gaturiano Cigano.
No momento em que o documento foi assinado, à noite, Rodrigo não se encontrava na Câmara, mas estava em Petrolina. Perguntado se recebeu contato de algum colega para que respaldasse o pedido dos demais, ele disse não ter sido procurado. “Não recebi nenhuma ligação, não fui procurado. Inclusive eu estava na Câmara pela manhã”, garantiu.
Na sessão de ontem, Ruy alegou ter assinado o ofício em nome de Rodrigo por ser vice-líder do seu partido, PSC, e Rodrigo o líder. Porém existe um detalhe confuso nessa polêmica: Rodrigo já tinha assinado um documento, com outros 13 colegas, em apoio ao projeto de reeleição de Osório. “Como vou acender vela pra dois defuntos? Eu só acendo pra um”, ironizou. O vereador fez questão de descartar uma suposta má-fé da parte de Ruy, mas deixou claro que se fosse o contrário, ele não assinaria o documento pelo colega de partido.
Vereador o senhor pode acender vela até pra 50 defuntos, depende da quantidades túmulos que o senhor vá visitar,agora o senhor não pode acender uma vela pro Diabo e outra pra Deus,ai a coisa fica feia.