Em contato com este Blog, o deputado licenciado e atual secretário de Turismo do Governo de Pernambuco, Rodrigo Novaes, chama atenção para uma nota divulgada na edição desta quarta-feira (30), na Coluna da Folha, e reproduzida pelo Blog. A nota diz que a PE-390, ligando os municípios de Floresta e Serra Talhada, no Sertão do Estado, passa a se chamar Rodovia Bartolomeu Ferraz. O projeto foi do deputado estadual Fabrízio Ferraz, filho do homenageado. Estaria tudo certo, se não fosse por um detalhe.
Segundo Rodrigo, a rodovia em questão já foi batizada com o nome do florestano Odorico Melo, pai do então governador Roberto Magalhães, que garantiu a pavimentação da PE-390 após uma luta do ex-deputado Vital Novaes (pai de Rodrigo). Como reconhecimento a Roberto Magalhães, Vital sugeriu dar o nome do Odorico Melo à rodovia.
Rodrigo quer, agora, que a Assembleia Legislativa (Alepe) reveja o equívoco, já que a estrada não pode receber outro nome porque já tem um. Ele acredita também que Fabrízio Ferraz, autor da nova homenagem, não tem conhecimento desse detalhe.
Confiram o que diz Rodrigo:
Em 1985, meu pai, Vital Novaes, era deputado estadual. Ele conseguiu o asfalto da PE-390, que liga Floresta a Serra Talhada. O governador era Dr.Roberto Magalhães.
Conquistada a sonhada obra de 100 quilômetros, que ainda favorecia o distrito de Nazaré do Pico, na época chamada de Carqueja, o deputado deu o nome à rodovia (em toda sua extensão, desde Afogados da Ingazeira), batizando com o nome de Odorico Melo – florestano e pai do governador Roberto Magalhães.
Uma maneira de reconhecer a atenção do governador por aquele importante feito.
Pois bem. Hoje circulou nas redes socais promulgação da lei 17.327, de autoria do deputado florestano Fabrizio Ferraz, na qual ele dá o nome de seu pai, “Babá Ferraz”, a essa mesma rodovia.
A estrada, asfaltada há quase 40 anos, e que já tem nome, não pode receber outra denominação. Não seria justo à homenagem realizada lá atrás a Odorico Melo e a seu filho, então governador. Na verdade é uma desonra. Estou na Alepe há 10 anos e nunca vi isso. Licenciado, por estar na Secretaria de Turismo, não participei das discussões sobre o projeto, mas está claro que a Comissão de Constituição e Justiça não se apercebeu do equívoco.
Não quero dizer com isso que o pai do deputado não mereça ser homenageado. Se o filho ou qualquer outro deputado quiser fazê-lo, deve fazer, mas não em obra que já tem nome.
Tentei ligar para o deputado Fabrizio para avisá-lo, certamente ele não deve ter conhecimento. O erro deve ter sido mesmo na tramitação pelas comissões. Também avisei ao presidente Eriberto Medeiros, guardião do bom funcionamento daquela casa legislativa, a quem estou dirigindo pedido de providências.
Fui muito questionado todo o dia por isto. Tanta coisa, tantos problemas para cuidarmos…faço esse registro constrangido, mas entendendo necessário, em respeito a Dr. Roberto Magalhães e a seu pai, Odorico Melo, e para que isso não se repita em relação a outras situações.
Rodrigo Novaes/Deputado licenciado e Secretário de Turismo de Pernambuco
Pouca obra para muita homenagem!!!! Muitos pais a serem lembrados, tá igual a obra com muitos pais.