A reeleição do presidente da Casa Plínio Amorim, Osório Siqueira (PSB), impugnada pela justiça na semana passada, ainda rende panos para mangas. Após declarar que desconhecia qualquer entendimento com a bancada de oposição para garantir Osório em mais um biênio (2015/16), o governista Ronaldo Silva (PSDB) foi contestado por outro Ronaldo, o Cancão (PSL)

Líder da bancada oposicionista, Cancão afirmou que Ronaldo Silva havia assinado o processo de renovação da Mesa Diretora, como integrante de comissão na Casa (relatoria de Justiça, Redação e Legislação), alterando o Regimento Interno e a Lei Orgânica do município.

“Está lá, nos autos, e ele é o próprio vereador que fez a acusação”, declarou Cancão, referindo-se ao fato de o governista ter entrado com mandado de segurança junto à Vara da Fazenda Pública, para anular o processo. O líder de oposição também garante que seu colega de Legislativo assinou a ata comprovando a reeleição de Osório. “Eu não assinei. Maria Elena (PSB) e Zenildo (PSB) também não assinaram, assim como ele assinou dispensa de parecer”, afirmou.

Segundo Cancão, o momento agora não é de querer encontrar culpados (sobre a impugnação) nem querer acusar a oposição. Até porque quem poderia “chutar o balde” seria ele, que foi contra tudo isso. “Depois entendi que o conjunto da Casa aprovou o processo eleitoral. Fui com a maioria, votei em Osório e estarei com ele até as últimas instâncias”, justificou. Ronaldo Silva, no entanto, já tinha deixado claro à imprensa, semana passada, que foi contra como ocorreu a articulação para garantir mais um biênio para o atual presidente, e não contra a reeleição.