Marcado por suas declarações polêmicas, o vereador governista Ronaldo Cancão (PTB) voltou a munir artilharia contra o seu colega de Legislativo, Professor Gilmar Santos (PT), após a controversa eleição que confirmou, na sessão plenária de ontem (26) na Casa Plínio Amorim, a reeleição do presidente Osório Siqueira (PSB) e dos demais seis integrantes da Mesa Diretora.

Cancão comparou as críticas do petista, o qual disse que o processo eleitoral da Mesa Diretora foi cooptado e sem transparência, a “miolo de pote”.

“Por que ele não entrou com ação na justiça para suspender a eleição? Vamos parar de conversar miolo de bote, e agir como eu agi. Fala, fala, fala mas não toma atitude. Osório não tem uma ação”, cutucou.

Questionado sobre a postura de ter tentado barrar a reeleição de Osório em 2013 e desta vez ter integrado a chapa como 1° vice-presidente da próxima Mesa, como lembrou o oposicionista Gabriel Menezes (PSL), Cancão viu com naturalidade. Cancão citou o fato de que, nessa época, tinha sido candidato escolhido para bater chapa contra Osório, mas seus colegas decidiram fazer uma composição com o então prefeito Julio Lossio (PMDB), que era seu adversário político e, portanto, não o queria como presidente.

Cancão disse que tentou ser novamente candidato desta vez, chegando inclusive a promover uma reunião com seus pares, mas não teria sido compreendido. E decidiu recuar após ter percebido que Osório tinha a anuência de quase todos os vereadores. “Quando foi assinar a reeleição, já tinha 16 assinaturas. Eu vou entrar em desconformidade com um presidente que é aceito pela maioria? Agora, vou dar uma parcela de contribuição para a administração da Casa”, justificou.

Cargos

O governista também rebateu as críticas sobre ter feito barganha de cargos para apoiar a reeleição do presidente. “Os cargos que eu tinha em 2013 são os mesmos de hoje. Nunca foi à sala de Osório para pedir cargos”, finalizou.