Menos de uma semana depois de ser multada em R$ 500 mil pela Agência Reguladora do Município de Petrolina (Armup) devido à grave crise de abastecimento d’água em Petrolina, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) voltou a ser penalizada pela prefeitura. Desta vez, o valor é de R$ 121.197,35.

A multa foi aplicada com base na Lei Municipal nº 1.241/2003, em razão da demora da Companhia em resolver o problema da recuperação da laje superior do reservatório elevado da Estação de Tratamento de Água (ETA-Centro), localizada na Avenida Tancredo Neves, Bairro Vila Mocó. Essa relação turbulenta entre o município e a Compesa foi, mais uma vez, exposta na Câmara de Vereadores pelo oposicionista Ronaldo Silva (PSDB), que na época do então governador Paulo Câmara, mantinha um discurso mordaz contra a empresa.

Ao fazer o contrário agora, que a governadora Raquel Lyra (PSDB) é sua aliada, Ronaldo não perde tempo em fazer a defesa da Compesa. Na sessão de ontem (26), por exemplo, ele citou que máquinas da prefeitura danificaram a rede de abastecimento no Bairro João de Deus (zona oeste), deixando milhares de famílias desabastecidas. Ele lembrou que fato semelhante aconteceu na Avenida João Cleverson Coelho Monteiro, no Jatobá. “A prefeitura está fazendo uma obra de drenagem e não entrou em contato com a Compesa, danificando toda a rede de água daquela região”, revelou.

Segundo o vereador, por conta disso as comunidades do Jatobá, Condomínios Sol Nascente 1, 2 e 3, Sumerville e Sol Nascente Orla foram afetadas. “Não vamos ficar aqui com politicagem, apenas criticar por criticar”, desabafou. Ele lembrou ainda que os vereadores governistas estão novamente ao lado do PSB, que tanto criticaram pela falta de investimento no setor de água e esgoto na cidade nos últimos oito anos. “Em vez de vocês estarem fazendo críticas, vamos unir as forças e resolver o problema do povo. Vamos ser sábios”, completou.