A seca que assola várias partes do país tem muito o que ensinar. Alguns produtores de Petrolina, por exemplo, são referência nacional quando o assunto é economia de água na fruticultura irrigada. A falta de recursos e a estiagem, que pode inclusive prejudicar drasticamente a produção de frutas no Vale do São Francisco, forçaram muitos produtores e empresários da região a procurarem alternativas mais baratas. É o que mostra essa reportagem publicada hoje (27) no site da UOL.
A reportagem é da jornalista Fabiana Maranhão, que percorreu diversos estados do Nordeste em busca de soluções viáveis para a seca. A matéria completa segue logo abaixo e também está disponível na página eletrônica do portal. Confiram.
Em uma das regiões mais secas de Pernambuco, o verde é a cor que predomina, seja nos períodos chuvosos ou nos de estiagem. Para manter suas terras produtivas durante todo o ano, os agricultores de Petrolina (a 714 km do Recife) aprenderam que não é preciso muita água para irrigar suas plantações, bastando usá-la com sabedoria.
A reportagem do UOL percorreu mais de mil quilômetros entre os Estados do Ceará, do Piauí e de Pernambuco em busca de exemplos de como é possível driblar a escassez de água. As experiências podem servir de lição para a região Sudeste, que enfrenta uma grave crise de falta de água desde o começo de 2014.
Em 2014, choveu apenas 480,7 milímetros ao longo de todo o ano em Petrolina, segundo dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). Na falta da água do céu, os produtores recorrem à do rio São Francisco.
Mas custa caro levar essa água até as propriedades rurais. Por isso os agricultores têm buscado formas de usar cada vez menos água, sem comprometer a produtividade.
O agricultor Paulo Ramos cultiva uva há mais de 20 anos. Ele conta que no início a irrigação era feita por aspersão, que consiste no lançamento de jatos de água no ar.
Atualmente, no entanto, ele utiliza a técnica de gotejamento. Em sua plantação, mangueiras com pequenos furos liberam aos poucos gotas de água que molham apenas o solo, atingindo as raízes das videiras.
“Pelas contas [de água] que eu pagava antes e pago hoje, reduziu pela metade, seguramente”, comemora Ramos. E ele pretende reduzir ainda mais o consumo. “É possível economizar ainda mais, melhorando a eficiência para que possa usar menos água”, garante.
Ramos tem dois lotes de terra no perímetro Senador Nilo Coelho –projeto de irrigação administrado pelo poder público–, na zona rural do município. No perímetro, mais de 80% das unidades produtivas usam a irrigação localizada: 21% por gotejamento e 60% por microaspersão. Essa última usa 40% a menos de água que a irrigação por tradicional por aspersão.
O perímetro tem 23 mil hectares de área irrigada e 2.523 propriedades, entre lotes familiares, de pequenas, médias e grandes empresas.
Novas tecnologias
O engenheiro agrônomo José Adauto Valença afirma que existem tecnologias que alcançam uma economia de água até maior, de até 70%. “Há um sistema que você pode colocar sonda diretamente no sistema radicular, e a planta é que condiciona a liberação de água. À proporção que ela vai exigindo água, ela pode acionar um sensor, que libera a água”, explica.
Ainda de acordo com ele, esse é um dos sistemas mais econômicos existentes no mundo e é usado atualmente em países como Espanha, Israel e Estados Unidos.
Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), o setor da agricultura é o que mais consome água, sendo responsável pela utilização de 70% da água potável disponível no mundo. A indústria e o consumo doméstico são responsáveis por 20% e 10%, respectivamente.
Parabéns, aos produtores que já usam esses métodos de irrigação localizada, parabéns a PLANTEC- empresa de assistência técnica e extensão rural pelo brilhante trabalho que vem realizando, especialmente ao Sr. Adalto Valença pelo trabalho que conheço e acompanho. A CODEVASF, também merece ser parabenizada pois é a companhia que detém do no raw. Sugiro que este trabalho continue sendo desenvolvido e estimulado pelo governo federal especialmente através de um fundo de investimento com juros estimuladores para que o produtor possa mudar seu sistema de canhão, aspersão convencional e sulco para o localizado.
CONCORDO PLENAMENTE, E TENHO FÉ EM DEUS QUE ESTE SISTEMA DE IRRIGAÇÃO VAI CHEGAR NOS PROJETOS QUE AINDA USA IRRIGAÇÃO POR SULCO. CONCORDO PLENAMENTE , PARABÉNS A CODEVASF, PLANTEC, E AO DR , ADALTO VALENÇA.