Em mais um protesto para clamar por justiça, o Grupo ‘Somos Todos Beatriz’ voltou a se concentrar em frente ao Fórum Dr. Souza Filho, Centro de Petrolina, na manhã desta quinta-feira (2). Além de familiares e amigos de Beatriz Angélica Mota, de 7 anos, assassinada a facadas no Colégio Auxiliadora, em dezembro de 2015, compareceram ao ato familiares de Alisson Dantas, de 18 anos, morto no Bairro Quati, zona oeste da cidade, também no ano de 2015.
Ao contrário do que acontece com o Caso Beatriz, que ainda não houve prisão de suspeitos, o assassino de Alisson foi localizado e preso no último mês de maio, na cidade de Ponta Grossa (PR), na residência de um parente, após ter conseguido deixar o estado do Maranhão, para onde inicialmente tinha ido.
Na manifestação desta manhã, a mãe de Beatriz, Lucinha Mota, soltou o verbo contra o Judiciário. “Vergonha, o judiciário dá liberdade a um assassino. A justiça brasileira é para favorecer assassino. São os bandidos que criam as leis, por isso só favorecem bandidos. Nós somos a resistência de Beatriz, a resistência de Alisson, e vamos vir aqui quantas vezes for para cobrar um posicionamento. Vocês são omissos”, disparou a mãe da menina, aos prantos. As palavras foram reforçadas pela mãe do jovem assassinado.
O grupo pedia a prisão do suspeito de ter apagado imagens do sistema de câmeras de monitoramento do Colégio Maria Auxiliadora, onde a menina Beatriz Angélica Mota estudava. O suspeito, Alisson Henrique de Carvalho Cunha, teve pedido de prisão indeferido pela Justiça. Em nota, ele negou tudo e disse que manteve “durante quase 20 anos contrato de prestação de serviço junto ao Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, onde exercia a função de técnico de informática, o que incluía apenas a assistência a computadores e redes, não incluindo sistema de monitoramento de câmeras, o que cabia a outra empresa“. Alisson ressaltou também que tomará “as devidas providências legais para estancar qualquer acusação indevida”.
De acordo com o professor Sandro Romilton, pai de Beatriz, a justificativa dada pela juíza Elane Ribeiro para indeferir o pedido de prisão, acatado pelo Ministério Público estadual (MPPE), foi a de que esse pedido deveria ter ocorrido à época em que a delegada Gleide Ângelo conduzia as investigações (em 2016). Os pais de Beatriz disseram que vão recorrer da decisão.
O que mas eles gostam a primeira coisa que faz é abrir secretária para colocar os cargos de desconfiança, sinal…