Secretário de Saúde de Pernambuco alerta para mudança de perfil em internações de Covid-19

por Carlos Britto // 15 de abril de 2021 às 19:59

Foto: Sérgio Bernardo/SEI-PE

Durante a coletiva online do Governo de Pernambuco, realizada nesta quinta-feira (15), o secretário estadual de Saúde, André Longo, reforçou a preocupação com uma mudança no perfil de internações nos leitos de UTI dedicados aos quadros respiratórios e com o avanço da doença entre os adultos jovens. Na comparação entre as duas primeiras semanas epidemiológicas do ano (03 a 16/01) e as duas últimas (28/03 a 10/04), o Estado registrou um aumento de 197% nas internações em UTIs de pacientes na faixa etária entre 20 e 39 anos; e de 205% entre internados com idade entre 40 e 59 anos.

Já em relação aos idosos, aconteceu o inverso, de acordo com a progressão da vacinação, ressaltando o impacto positivo da imunização naquela faixa etária. Entre os primeiros idosos imunizados – aqueles com mais de 85 anos de idade – que começaram a ser vacinados a partir do final de janeiro, houve redução de 33% nas internações em leitos de terapia intensiva.

Quanto ao público com idade entre 70 e 84 anos ainda não houve queda, mas o crescimento evoluiu em ritmo muito menor que entre os jovens, com 10% de redução nos idosos com idade entre 80 e 84 anos (faixa que começou a ser vacinada a partir de 25/02 no Estado) e 88% nos idosos entre 70 e 79 anos (vacinação que teve início em 10/03). Apenas na faixa etária entre 60 e 69 houve aumento em maior ritmo (236%). Importante lembrar que muitos desse grupo sequer foram vacinados, já que as primeiras doses para essa faixa etária chegaram em 26/03.

Atualmente, temos uma grande preocupação com os adultos mais jovens, que têm uma falsa sensação de menor risco e estão se protegendo menos. Volto a lembrar que só vamos evitar novas perdas se todos se conscientizarem. Ninguém está livre da doença e todos podem ser vítimas do vírus”, advertiu André Longo, ressaltando a importância da manutenção dos cuidados. “Nossas ações salvam vidas e são determinantes para que possamos avançar no Plano de Convivência. Para que possamos ter menos medidas restritivas, menor pressão sobre o sistema de saúde e menos vidas perdidas é preciso que todos sejam conscientes e usem máscara, lavem as mãos e evitem as aglomerações”, reforçou.

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