Secretários de Agricultura do Nordeste querem auxílio do BNDES em ações de convivência com a seca

por Carlos Britto // 11 de maio de 2012 às 18:01

Acompanhado por oito secretários dos estados do Nordeste e o de Minas Gerais, o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Agricultura (Conseagri), engenheiro agrônomo Eduardo Salles, secretário de Agricultura  da Bahia, reuniu-se na quarta-feira (09), no Rio de Janeiro, com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, e seus diretores, reivindicando recursos não reembolsáveis para ações estruturantes para o semiárido nordestino.

Não viemos pedir carros-pipa, nem cestas básicas, pois as questões emergenciais já estão sendo tratadas pelos governos dos Estados junto aos ministérios da Integração Nacional e Desenvolvimento Agrário”, disse Salles, que é secretário da Agricultura da Bahia. Ele explicou que “nossa preocupação é preparar o semiárido para a convivência com a seca e minimizar os problemas no futuro”.

Informando que os recursos solicitados não são somente para este momento, mas para os próximos anos, para financiar programas de inclusão produtiva e de retenção de água, os secretários nordestinos reivindicaram ao BNDES recursos para construir pequenas barragens subterrâneas e superficiais para perenizar diversos rios e riachos nos estados nordestinos; construção de biofábricas nos estados do Nordeste para produção de mudas, com alto padrão genético e sanidade, de palma, sisal, umbu, caju, manivas de mandiocas e de outras culturas toleantes à seca, para doação aos agricultores familiares, e para sistemas de irrigação simplificados de dois hectares para comunidades de agricultores familiares visando a produção de hortaliças, grãos e frutas.

Parabenizo os secretários por esta atitude de pensar a longo prazo”, disse o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, afirmando que gostou da idéia, cujo mérito é indiscutível. Ele disse que vai estudar com a equipe social do banco quanto será possível disponibilizar de recursos não reembolsáveis, definindo também critérios para a distribuição com os nove estados do semiárido. Definiu-se que uma nova reunião será marcada rapidamente para que o banco anuncie os valores que seráo disponibilizados e os projetos prioritários para cada estado.

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