A Polícia Federal (PF) de Pernambuco deflagrou nesta sexta-feira (9) a segunda fase da Operação ‘Aqua’, cujo objetivo é recuperar ativos obtidos ilicitamente por doleiros do Recife, os quais foram indiciados por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional (exercício de atividades clandestinas em operações de câmbio e evasão de divisas ao exterior). A investigação realizada pela PF resultou na constatação da evasão ilícita de pelo menos R$ 7 milhões, entre 2014 e 2020, para os Estados Unidos da América.
Estão sendo cumpridos três mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal no Recife, destinados a endereços de pessoas e empresas nos bairros do Pina e Ibura, na capital. As equipes estão apreendendo veículos de luxo obtidos pelos investigados a partir da prática de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional (SFN).
Além disso, a Justiça Federal determinou o bloqueio de bens imóveis e de contas dos indiciados e de empresas relacionadas aos mesmos, para buscar a recomposição do prejuízo causado com as atividades criminosas constatadas na investigação.
Segundo os dados obtidos pela PF até então, os investigados atuavam há décadas como doleiros no Recife. Parte dos dados que constam no inquérito instaurado foi alcançada por meio de cooperação internacional com os Estados Unidos da América.
Penas
Se condenados por todos os crimes investigados, os suspeitos podem cumprir penas de até 10 anos de reclusão. A PF continua investigado se os envolvidos praticaram também lavagem de dinheiro no Brasil através de suas empresas. Novos dados obtidos na investigação estão sendo remetidos aos Estados Unidos da América, com pedido de bloqueio de bens dos mesmos no país. O nome da operação decorre de alusão a empresas de distribuição de água mineral pertencentes a indivíduos sob investigação, em nome das quais teriam sido abertas contas bancárias para realização de movimentações financeiras ilícitas.