Em greve há mais de dois meses, os professores das universidades da Bahia articulam para esta quinta-feira (9) um plano de ação para ser executado em todo o estado. Um ato-relâmpago em todas as cidades universitárias estaduais, coordenado pelas Associações de Docentes (ADs) vai reforçar a necessidade da greve, ao mesmo tempo em que pressionará o Governo da Bahia a atender as reivindicações dos professores.
“É hora de participarmos, reaquecermos e fortalecermos esse duelo contra a falta de atenção para com a educação baiana”, justifica a nota enviada à imprensa pelo Coletivo do Levante Popular da Juventude, que respalda o movimento paredista da Uneb, em Juazeiro.
A luta dos docentes não tem a ver com melhorias salariais. Eles reivindicam a valorização da carreira do professor e uma educação pública superior de qualidade. O movimento é contra o aumento do RLI (Receita Líquida de Impostos) para 7% destinada à manutenção das universidades estaduais, a revogação da lei 7.176/97 – que fere a autonomia universitária – e defendem o respeito aos direitos trabalhistas e a ampliação do quadro de contratação dos professores.
Como ainda não houve acordo em relação às reivindicações, a categoria já deixou claro que a greve continua, sem previsão de ser encerrada. (foto/arquivo divulgação)