Se tem um assunto considerado unanimidade entre as bancadas de situação e oposição na Câmara de Vereadores de Petrolina é reajuste de servidores municipais. Na sessão plenária desta terça-feira (11) não foi diferente.

Por 19 votos, o projeto de lei 010/23, enviado pelo prefeito Simão Durando à Casa Plínio Amorim, concedendo aumento salarial da categoria passou sem problemas. A proposta foi votada em bloco, junto com outro projeto do Executivo, e comemorada por dezenas de servidores que lotaram a câmara – sobretudo os agentes comunitários.

Integrante da base governista, o vereador Rui Wanderley (PSC) enalteceu o fato de que o reajuste nos salários dos servidores tenha sido amplamente discutido entre o Sindsemp – a entidade sindical que responde pela categoria – e as secretarias municipais competentes. “Fico feliz e tranquilo em votar favorável a esse projeto. Quero dizer que não é o que a gente gostaria que fosse (o reajuste), mas é o que foi possível à prefeitura nesse momento”, declarou.

Responsável por acionar a justiça quanto à definição das comissões da Casa, o vereador Professor Gilmar Santos (PT) enalteceu a mobilização da categoria pelos seus direitos. Ele ressaltou que, desde 2017, sempre votou a favor de matérias de interesse dos servidores – a exemplo dos projetos de hoje. Mas pediu a compreensão da categoria por se abster de votar justamente por estar aguardando uma decisão judicial sobre as comissões, já que, segundo ele, a presidência da Mesa Diretora ‘atropelou’ o Regimento Interno ao definir os integrantes.

Gilmar destacou ainda ser “muito importante” que o reajuste salarial esteja em sintonia com as condições de trabalho. No entanto, fez algumas ressalvas quanto aos critérios definidos para o reajuste. Outro oposicionista, Ronaldo Silva (PSDB) também lamentou que a proposta não tenha contemplado como deveria a classe dos médicos da rede municipal.

Novos valores

Pelo projeto aprovado, o reajuste será de 7,5% para os profissionais do nível elementar e médio, enquanto os que se enquadram em leis específicas serão contemplados com 6%. Já os professores da rede têm uma tabela escalonada de aumento nos vencimentos.

Dezenas de Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) e os de Combate às Endemias (ACEs) se deram por satisfeitos com a aprovação do projeto. O piso salarial municipal dos ACSs e dos ACEs agora passa a ser fixado em R$ 2.640,00  a partir do reajuste do salário mínimo – que será de R$ 1.320 a partir de maio.