A pauta de reclamações dos universitários da UPE em Petrolina assemelha-se a um rosário, vai da condução á alimentação. “A UPE não disponibiliza ônibus nem restaurante universitário.” Depois vem o acervo bibliográfico… “A biblioteca precisa se atualizada”. Enfim, com tantas deficiências apontadas pelo corpo estudantil, o resultado não poderia ser outro: paralisação e com data marcada, quarta-feira, 03 de abril.
Mesmo com todo o sermão, a lista dos reclamantes vai girar em torno de dois assuntos principais. “O problema mais grave que vemos é o déficit de professores e laboratórios”, diz o manifesto estudantil enviado ao Blog.
Pelo teor do texto, a mobilização estudantil contará com a adesão de muitos docentes. “Muitos professores estão desmotivados e frustrados, pois a UPE não oferece suporte para um bom plano pedagógico e isso é sentido pelo estudante.”
Primeiramente, venho informar que nossas solicitações enquanto estudantes, vão além da reestruturação do quadro docente e da reestruturação física do campus. Estamos paralisando porque além do exposto, a UPE Petrolina, apresenta uma deficiência recorrente em todos os campi: a assistência estudantil. Porque fornecer vagas em vários cursos, facilitando, assim, o acesso da população ao ensino superior é ótimo. Mas como esses estudantes se manterão lá? Vários desses são de cidades vizinhas, precisam montar casas aqui em Petrolina e não tem condições para fazer isso. A assistência estudantil vai dar suporte a esse aluno que ingressou na Universidade por meio de cotas, ou até àquele que entrou pela ampla concorrência, mas sobrevive com uma renda baixíssima. Por fim peço o apoio, a compreensão e a colaboração da sociedade na nossa luta.