O senador Fernando Bezerra Coelho, em discurso proferido nesta terça-feira (6) no Plenário do Senado Federal, cobrou ações urgentes nas obras de proteção e preservação da agricultura, diante da crise hídrica no Submédio do São Francisco.
Fernando Bezerra, que também preside a Comissão Mista de Mudanças Climáticas (CMMC), ressaltou que a fruticultura irrigada, bem como o abastecimento de água da população da região, vem passando por dificuldades devido ao agravamento da seca prolongada enfrentada nos últimos anos e à falta de ações mais rápidas pelo Governo Federal.
FBC alertou que desde o início de seu mandato vem chamando a atenção do Governo Federal para a necessidade de celeridade nas ações para a solução dos problemas da diminuição dos níveis de água da região.
Ele lembrou ainda que “em abril, ou seja, seis meses atrás, realizamos audiência pública em Petrolina. Naquela ocasião, debatemos o tema junto com os diferentes órgãos envolvidos, a exemplo do Ministério da Integração Nacional; da Codevasf; da Agência Nacional de Águas, a ANA; e da Companhia Hidrelétrica do São Francisco, a Chesf. Inclusive, a demanda pelas obras emergenciais foi formalizada pela Chesf e pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS)”, completou.
Recursos
Ao cobrar providências urgentes do Ministério da Integração Nacional e da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Fernando Bezerra disse que os recursos só foram liberados em junho e a obra, que deveria ter sido contratada em regime de emergência, teve que cumprir todas as formalidades da legislação e a ordem de serviço só foi autorizada no início de setembro.
No Lago de Sobradinho, que representa o principal manancial de abastecimento aos produtores do Submédio, a capacidade acumulada está em torno de 5% e o período de chuvas já passou. Para o parlamentar, a solução imediata para o problema na barragem seria a colocação, no menor prazo possível, de um conjunto de flutuantes para que as águas de trechos mais profundos possam ser captadas para os trechos mais secos.
O senador destacou sua preocupação com a cidade de Petrolina, “que vive uma grave expectativa em relação ao suprimento de água para o abastecimento do Projeto de Irrigação Nilo Coelho, que atende uma região de mais de 25 mil hectares, gera emprego para mais de 120 mil pessoas, e representa ainda um valor de produção anual superior a R$ 2 bilhões”.
Ele justificou que a região é responsável por mais de 90% das exportações de uva de mesa e de manga do país, com um volume de exportação superior a US$ 200 milhões, “e os pequenos, médios e grandes produtores vivem uma situação de angústia, de incerteza e de insegurança“.
Audiência
FBC informou ainda sobre a realização de audiência pública na CMMC, nesta quarta (7) para tratar do tema. O debate contará com a presença de representantes da ONS, do Ministério da Integração Nacional, da Codevasf, da ANA, e do Distrito de Irrigação Nilo Coelho (DINC). (foto/divulgação)
Eu não entendo como uma pessoa passou pelo ministério, onde poderia ter feito tudo isto ai que esta dizendo,agora vem com conversa mole,culpando a presidente.Sinceramente ninguém merece…
Não fez nada pelo rio enquanto ministro.